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  • O caminho do judô até as Olimpíadas

    20/01/2012 por Beatriz Nantes em Home, Judô, Reportagem / Sem comentários

    Segunda modalidade que mais trouxe medalhas para o Brasil na hisória olímpica, o Judô (15 no total, com dois ouros, três pratas e dez bronzes) chega a Londres credenciado a subir mais vezes ao pódio. O critério da FIJ (Federação Internacional de Judô) para a classificação aos Jogos é baseado no ranking mundial, onde os 22 homens e as 14 mulheres melhor classificados em cada categoria tem vaga garantida, respeitando o critério de apenas um representante por país. Contabilizados os pontos até metade de janeiro, o Brasil tem representante nas 14 categorias, 13 a partir do ranking e uma pelo sistema de cota continental (Maria Portela, peso médio que é 22ª no ranking).

    A melhor classificação dentre os brasileiros é de uma de nossas principais estrelas, o duas vezes medalha de bronze olímpica Leandro Guilheiro, hoje 2º colocado no ranking meio médio. Leandro acabou com o mesmo bronze no Mundial de Paris ano passado, e sua melhor colocação na competição (a mais importante depois das Olimpíadas) foi uma prata em Tóquio, 2010. Curioso é que as medalhas olímpicas de Guilheiro foram conquistadas no peso leve, e só a partir de 2010 ele passou a competir em um peso acima, o meio médio. Antes dele, o grande nome do Brasil na categoria era Flávio Canto, que também foi bronze em Atenas. Hoje na 20ª posição do ranking, ele ficaria fora das Olimpíadas pelo critério de apenas um judoca por país, e para entrar teria que superar Guiheiro, cenário altamente improvável.

    A briga por uma vaga é mais acirrada entre os peso médio Tiago Camilo (prata em Sidney como leve e bronze em Pequim como meio médio) e Hugo Pessanha, hoje os 5º e 6º colocados no último ranking mundial da categoria. Se para o Brasil o sistema é perverso gerando as disputas internas, para os países com grande tradição no esporte a competição pela vaga é ainda mais acirrada. No masculino, apenas nos meio pesado o Japão não tem mais de um atleta entre os 22 primeiros do ranking, e em diversas categorias seus lutadores estão em 2º e 3º no ranking – no feminino, no peso ligeiro, meio leve e leve, as duas primeiras do ranking são japonesas.

    Entre as mulheres brasileiras, depois de uma inédita medalha de bronze conquistada por Ketleyn Quadros em 2008 – a primeira medalha feminina individual da história do Brasil em Olimpíadas – o Brasil chega em Londres forte, hoje com quatro judocas entre as 7 primeiras do ranking. Rafaela Silva, hoje 5 ª nos 57 kg (categoria de Quadros, hoje 19º no ranking e que deve ficar fora das Olimpíadas), foi prata em Paris. Sarah Menezes (ligeiro) e Mayra Aguiar (meio pesado) foram bronze, e já haviam subido ao pódio do Mundial em 2010. Depois de tanta melhora, gerou certa decepção ano passado a participação feminina do PAN, com as meninas não conseguindo os resultados condizentes com o patamar alcançado nos últimos anos a nível mundial. De qualquer forma, quem acompanha judô sabe que a evolução é consistente e o ranking mundial é uma prova disso, e  o torneio não é uma das prioridades dos judocas uma vez que não vale ponto para o ranking – há um pan-americano apenas da modalidade, este entrando como o campeonato continental que vale pontuação.

    São sete competições que distribuem pontos no ranking, sendo a maior pontuação dada pelas Olimpíadas, e em ordem decrescente, Mundial, Masters, Grand Slam, Grand Prix, Continental e World Cup. Até Londres, os judocas terão cinco etapas da Copa do Mundo, três Grans Slam e um Grand Prix, além do Masters já realizado em janeiro.

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