Por Marcia Leal
O esporte entrou em minha vida através dos meus filhos, Beatriz e Caio. Aos dois anos de idade eles começaram a nadar, pois morando em Santos queria ter segurança quando fossem entrar no mar ou quando fossem em uma casa que tivesse piscina.
E este esporte transformou a vida deles. Ensinou-os disciplina, coragem e um amor incondicional à natação, além de uma valorização aos outros esportes. Foi assim que, cada vez mais, eu também ficava informada sobre esse mundo esportivo.
Antes do nascimento deles assistia às Olimpíadas como uma distração. Uma cena nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984 chamou minha atenção, e desde então é o momento olímpico que nunca esqueci.
Foi na Maratona feminina, vencida pela norte-americana Joan Benoit, cuja vitória talvez poucos lembrem, pois o fato marcante foi o drama da suíça Gabrielle Andersen-Schiess, de 39 anos. Trôpega, desorientada, com séria debilidade causada por desidratação e exaustão muscular, Gabrielle entrou na pista se arrastando, 20 minutos após a chegada de Joan.
Aos solavancos, e rechaçando os médicos que tentavam detê-la, cruzou por fim a linha de chegada – e desabou. “Eu tinha de chegar” diria ela depois. “E consegui”. Este é sem dúvida o espírito olímpico de perseverança, força, coragem.
Marcia Leal é professora de História e mãe de dois ex-atletas
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