Mais do que as 51 medalhas do Brasil e os 20 recordes de campeonato superados, a boa atuação da natação brasileira no Sulamericano pode ser medida pela melhora de posição de nossos principais atletas no ranking mundial do ano e pela evolução de provas que há tempos careciam de boas marcas, principalmente no feminino.
No último dia de competição em Belém, Cielo mais uma vez fez um tempo forte para a época do ano, nadando para 48”70, com destaque para a segunda parcial forte. Velocista nato e favorito para o bi-olímpico no 50 livre, Cielo costuma passar forte no 100 mas não tem um segundo parcial tão forte como outros adversários – um deles, o cmapeão mundial James Magnussen, nadou hoje 48”26 nas eliminatórias do 100 livre na Austrália, mostrando que é o nome a ser batido na prova. No Sula, Fratus foi prata com 49”6.
Em uma competição marcada também pela boa atuação das mulheres, Ana Carla fez um tempo que há muito tempo não se via no 100 peito brasileiro, 1’10”93, sua melhor marca, e um dos melhores tempos de brasileiras sem traje. Graciele Hermann, uma das três brasileiras com índice para Londres até o momento, nadou 25”31 e foi vice no 50 livre, perdendo para a recordista sulamericana Arlene Semeco.
Numa prova não olímpica, a capixaba Carolina Bilich completou uma boa performance na competiçao e nadou para 17”02 para ser prata no 1500 livre, dois dias depois de melhorar 10 segundos no 800 livre, nadando para 8’52. Quem venceu a prova foi a argentina Cecilia Biagioli, uma das principais adversárias de Poliana Okimoto nas provas de maratonas aquáticas. No 100 costas feminino, mais uma vitória da colombiana Carolina Henao, com as brasileiras Natalia Diniz (1’03”19) e Etiene Medeiros (1’03”75) ficando em segundo
e terceiro lugar.
Sem moleza para os nadadores do PRO-16 – Thiago Pereira comentou em entrevista após a prova que o técnico Albertinho o fez muscular entre a etapa da manhã e da tarde. O nadador começou bem o 400 medley e no crawl não deu para entender se travou ou soltou, fechando para o ouro com 4’24. Mas o melhor da competição foi mesmo o 1’58”49, e Thiago disse que chegará sim descansado no Maria Lenk, onde terá uma boa prévia do que pode acontecer em Londres, onde nadará em busca de sua primeira medalha olímpica. Henrique Barbosa, seu companheiro de treino, passou muito forte no 200 peito mas cansou no final e foi ultrapassado pelo colombiano Jorge Murillo Valdes (2’14”88), nadando para 2’15”33.
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