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  • Brendan Hansen: em busca da redenção

    05/06/2012 por Beatriz Nantes em Home, Natação, Notícias, Personagens / Sem comentários

    Quem olha para o currículo de Brendan Hansen sem conhecer a história por trás das competições conclui que se trata de um nadador vitorioso. E o norte-americano de 30 anos certamente é. Recordista mundial nas provas de peito diversas vezes, nove medalhas em Mundiais e quatro em Olimpíadas fazem de Hansen um nadador diferenciado. Mas suas participações olímpicas, ao menos até o momento, carregam alguma frustração. Tanto em Atenas como em Pequim, ficou aquém do que os outros, e ele mesmo esperava nas provas individuais.

    Dois recordes mundias nos trials de 2004...

    Seu primeiro título de destaque foi no Mundial de Fukuoka, em 2001, quando venceu o 200 peito. Dois anos depois, Hansen saiu do Mundial de Barcelona com o bronze na mesma prova, prata no 100, e ouro no revezamento medley, e a promessa de uma grande atuação nas Olimpíadas de Atenas-2004. Seu desempenho nos Trials para a competição o alçou a condição de favorito: ele bateu o recorde mundial das duas prova de peito, e era uma das grandes estrelas da equipe americana, ao lado de Phelps.

    Aquém do esperado
    Nas Olimpíadas, no entanto, a prova não encaixou. Foi prata no 100 peito, perdendo para Kitajima. Mais do que a colocação, seus olhos estampavam decepção pelo tempo no placar: com sua marca nos Trials, (59”30, ainda hoje um dos melhores da história sem trajes), realizado apenas um mês antes dos Jogos, seria ouro fácil – Kitajima venceu com 1’00”08. Nos 200 peito, mais uma vez foi derrotado pelo japonês, e ainda superado pelo jovem Dániel Gyurta, húngaro que quase roubou o ouro de Kitajima com seu final de prova espetacular.

    ... e frustração nas Olimpíadas

    No ciclo olímpico seguinte, Hansen voltou com tudo. Venceu o 100 peito nos dois Mundiais realizados, bateu o recorde do mundo mais uma vez na prova. Venceu o 200 peito em Montreal-2005 e não participou em Melbourne-2007. Chegava às Olimpíadas, mais uma vez, como um dos favoritos. Mas a surpresa já começou nos Trials, onde não conseguiu uma das duas vagas para a prova de 200, e classificou-se apenas para o 100. Em Pequim, Hansen ficou fora do pódio individual, terminando em quarto lugar no 100 peito. Ainda assim, entrou no revezamento medley americano e saiu da China com uma medalha de ouro.

    Aproveitando cada minuto
    Depois de Pequim, Hansen parou de nadar. Muito criticado pela falta de “raça” nos momentos cruciais, ficou afastado até 2011, quando começou a ensaiar um retorno. No final do mês, ele estará em Omaha na disputa dos Trials, em busca de uma vaga em sua terceira Olimpíada. Seu melhor tempo desde a volta foi um 1’00”08, ano passado. Pelo seu histórico e pelo atual momento fraco do estilo nos EUA, ele tem plenas condições de baixar de 1’00 e conseguir a vaga.

    Em texto recente publicado no site da Speedo, ele conta como começou a nadar. Ele relembra que começou a ter aulas quando tinha 4 anos, porque sua mãe queria segurança quando ele entrasse na piscina. No início ele era péssimo e não era dos mais dedicados, segundo suas próprias palavras.

    “Mas do outro lado da moeda, quando você me colocava na água, era difícil tirar. Não importa a temperatura, você podia me encontrar boiando no raso, aproveitando o maravilhoso mundo da água”. 26 anos depois, ele diz que continua “boiando no raso, aproveitando cada minuto – ou eu deveria dizer ‘sub minuto’”, em referência à marca forte em sua prova principal. Ele fala que quando decidiu voltar, estava pronto para o desafio e com a cabeça mais fresca. “Se você me ver boiando durante o aquecimento em Omaha, vai saber porque. Estou me divertindo!”

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