Estamos a menos de 100 dias do Mundial de Barcelona, a primeira grande competição de natação do novo ciclo olímpico. Passadas aposentadorias de grandes atletas, é a hora de olhar para frente. Quem dominará as provas nos próximos anos? Das seletivas nacionais para o Mundial surgiram dois grandes nomes em que vale ficar de olho: Jeremy Stravius e Kosuke Hagino. Os dois tem em comum o fato de já terem alguma medalha internacional de peso, mas surpreenderam por fazer marcas expressivas fora de suas especialidades na última semana. 
O francês Jeremy Stravius, de 24 anos, foi campeão mundial do 100 costas em 2011. Stravius não se classificou para provas individuais nas Olimpíadas, mas saiu de Londres com duas medalhas, um ouro e uma prata conquistadas nos revezamentos 4×100 e 4×200 livre – nos dois casos, ele recebeu a medalha por ter nadado a eliminatória, mas não subiu ao pódio. Durante o Campeonato Francês, terminado domingo, Stravius saiu dessa posição de coadjuvante para o maior nome da competição no masculino.
Nas provas de costas, Stravius venceu com 24”61 no 50 metros e 53”09 no 100 metros: em ambos casos, o melhor tempo do ano no mundo. As surpresas vieram com a ótima marca no 100 borboleta, com 52”04, também a melhor do mundo este ano. No 200 livre, Stravius pressionou o conterrâneo Yannick Agnel, campeão olímpico, e terminou em segundo com 1’45”61, sua melhor marca pessoal e a terceira no mundo este ano. O mesmo ranking foi conquistado no 200 medley, marcando 1’57”89 em uma prova que nunca havia nadado em competições – ele foi o primeiro francês na história a nadar abaixo de 1’59. Com os resultados, Stravius está classificado para cinco provas individuais e três revezamentos para Barcelona-2013.
Do outro lado do mundo, Kosuke Hagino brilhou no Campeonato Japonês. Menos de um ano depois de conquistar o bronze nas Olimpíadas de 2012 na prova de 400 medley com 17 anos, Hagino se destacou ao fazer marcas expressivas também em provas que não eram sua especialidade. Sua prova mais forte foi o 200 medley, onde ele fez 1’55”74, melhor tempo do mundo este ano e o terceiro melhor de todos os tempos sem trajes – atrás apenas de Phelps e Lochte. Lochte precisa se cuidar porque mesmo sem Phelps o caminho está longe de estar fácil nessa prova….
No 400 medley, Hagino bateu o recorde asiático com 4’07”61, também o melhor tempo no ranking mundial da temporada. Destaca-se ainda o 3’45”42 no 400 livre (segundo melhor tempo do ano, atrás apenas do chinês Sun Yang), o 1’46”28 no 200 livre, 53”10 no 1oo costas (segundo melhor tempo do ano em uma prova que está longe de ser sua principal) e 1’56”11 no 200 costas. Não será surpresa ver Hagino em mais de um pódio no Mundial de Barcelona.
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