A torcida de Belém assistiu na noite de sexta-feira a uma bela terceira etapa do Sulamericano de Desportos Aquáticos, com Cielo fazendo o melhor tempo do ano no 50 livre, provando que é o homem a ser batido na prova, um 200 medley consistente e forte de Thiago Pereira e uma das melhores atuações brasileiras no 200 livres feminino há tempos.

Cielo nadou forte para 21”85 e desbancou o norte-americano Nathan Adrian do topo do ranking mundial este ano (21”94). Bruto Fratus, até o momento com a segunda vaga brasileira para Londres, foi segundo com 22”13. Bela prova também para Glauber Silva, que treina em busca do índice olímpico no 100 borboleta. O nadador gostou do 52”80 para a fase atual de treinamento, tempo que lhe garantiu o ouro na prova. Kaio Marcio foi quarto com 53”43.

Lucas Kanieski venceu o 1500 livre com 15’28”23, vencendo o argentino Juan Pereyra que há tempos compete pelo Brasil. No 200 peito feminino, uma das provas mais fracas do Brasil atualmente, Thamy Ventorin foi quarta com 2’39”68.

Para mim uma das melhores provas brasileiras até o momento, o 200 livre viu mais uma forte atuação de Manuella Lyrio, que nadou para 2’00”58 passando 59”9, um dos melhores tempos de uma brasileira na prova sem trajes. Larissa Oliveira também nadou muito bem e foi terceira com 2’01”03. O índice olímpico de 1’58”33 ainda está longe, mas não há como duvidar de uma melhora significativa no Maria Lenk, sobretudo em ano olímpico.Ainda entre as mulheres, Joanna Maranhão sentiu o cansaço, o ombro, a piscina quente e a primeira parcial forte no 200 borboleta e nadou um pouco acima do que esperava, mas levouo ouro com 2’11”03.

Quem também nadou bem foi Thiago Pereira, visivelmente com melhor preparo físico, e que fez a terceira melhor marca do ano no 200 medley, ao vencer a prova com 1’58”49. Mais do que o tempo, foi legal ver o atleta fechando a parcial de crawl para 28”7, ainda aquém do que deve ser para brigar pela medalha em Londres, mas bom considerando a fase de treinamento e a difuculdade de Thiago em fechar forte.

Nos revezamentos, vitória tranquila para o Brasil tanto no 4×100 medley masculino como no 4×100 livre feminino.