
O momento mais marcante de Soni para mim foi sua participação em Londres, uma “lição” em vários sentidos. Ela chegou aos Jogos como campeã mundial das duas provas de peito e viu Ruta Meilutyte, então uma garota desconhecida de 15 anos, vencer. Não deve ter sido fácil. Poucos dias depois, ela voltou à piscina para nadar o 200 peito, sua principal prova
2000, piscina do Corinthians, Troféu Brasil. Eu tinha 12 anos e essa é minha primeira lembrança de assistir um campeonato brasileiro absoluto pela TV, embalada pela Olimpíada de Sidney. No domingo, Flávia fez o índice do Mundial no 50 livre. Me lembro até hoje da narração, assim que ela bateu a mão na parede. “… e consegue o índice…”. Emocionada, ela olhou para a arquibancada e levantou o braço. Ela tinha 16 anos também.
Dentro e fora das pistas, a vida de Nelson Prudêncio foi marcada pelo salto triplo. Duas vezes medalhista olímpico, o salto triplo tinha no ex-atleta um dos maiores especialistas do país. PhD desde 2006, o medalhista lecionava na UFSCar na disciplina de Teoria do Treinamento Esportivo e Fundamentos das Atividades Atléticas. Prudêncio morreu nesta sexta-feira, vítima de um câncer de pulmão que descobriu há cerca de um mês