
É o único ano do ciclo sem as duas principais competições em piscina longa (Olimpíada e Mundial), e as competições mais importantes em nível mundial são o Mundial de curta e os torneios continentes (principalmente Pan Pacific e Europeu, mas também o Commonwealht Games, os Jogos da Comunidade Britânica, e os Jogos Asiáticos).
Adoro a prova de Pequim, mas a que tem mais significado para mim é a que aconteceu um ano depois, em Roma. Estávamos no penúltimo de uma competição em que os trajes tecnológicos eram grandes protagonistas. Phelps já havia perdido o 200 livre para o até então desconhecido Paul Biederman, e de forma humilhante para ele – por 1.2 segundos, sem nem ter chance contra o alemão. Phelps estava bravo.
Em Santa Clara, destaque para Dana Vollmer, que venceu o 100 livre e 100 borboleta, esta com a segunda melhor marca do ano. Kitajima venceu o 200 peito sem impressionar e Tae Hwan Park levou o 100 e 400 livre; em Austin, o Longhorn viu vitória de Phelps no 100 borboleta e Alisson Schmitt fazendo o primeiro sub-54″ no 100 livre entre as americanas este ano
O repórter americano Christopher Clarey, trabalhando na cobertura esportiva no New York Times há 19 anos, fez reportagem com suas previsões para o esporte de alto nível ao longo de 2012. Entre suas apostas:Murray ganha Australian Open, Bolt perde 100 rasos, Thorpe vai mal nos trials e Lochte vence Phelps
Alshamar vibra muito o título que faltava, Lochte sobra no 400 medley, Beisel ganha o primeiro ouro e Phelps e Adrian fazem a diferença para a vitória americana no 4×100 medley
Cielo leva o bi em sua principal prova e Fratus por pouco fica fora do pódio, Friis e Adlington protagonizam briga acirrada no 800 livre, Franklin ganha o primeiro ouro com 16 anos e Phelps leva o primeiro ouro “fácil” no 100 borbo nos últimos anos
Markus Rogan, austríaco que acabou em 5o, definiu bem no twitter o que é nadar 200 medley atualmente “Competing with @MichaelPhelps and @ryanlochte is a bit like being a random third nation during the cold war. You’re there, but that’s it”. Prova mais forte da natação na atualidade, com Lochte fazendo o impensável e batendo o recorde mundial feito com trajes e Phelps a 16 centésimos do antigo tempo – não há nenhuma outra prova hoje com dois nadadores ao menos tão próximos dos recordes feitos com traje.
Phelps e Federica desbancam novos nomes e confirmam favoritismo, Yang bate melhor 800 livre sem trajes e cria expectativa para o 1500, e França leva o ouro no 50 peito
Lochte leva a melhor no primeiro confronto com Phelps, China leva mais uma no feminino, franceses dividem o primeiro lugar no 100 costas e Soni confirma supremacia no peito.
Federica se consagra no 400 livre, pódio asiático no masculino. No 4×100 livre, australianos voltam ao topo e holandesas ganham na última parcial.