Roger Federer e Serena Williams colocaram mais uma troféu de Wimbledon em suas vastas coleções. Os trintões foram soberanos durante as duas últimas semanas e mostraram o motivo de estarem entre os maiores nomes da história do tênis. Federer igualou Pete Sampras e chegou ao heptacampeonato. Serena se equiparou a irmã Venus e ficou com o penta. 17 taças de Grand Slam para o suíço e 14 para a Americana. Nada mal.

Murray segue sem conseguir vencer um Slam
Federer encontrou um Andy Murray agressivo e inspirado do outro lado da rede. O incômodo jejum de 76 anos sem um britânico levantar a taça em casa e o fato de Murray nunca ter vencido um torneio desse porte, parecem ter feito bem ao quarto melhor tenista do mundo. Com certeza o técnico Ivan Lendl teve participação nisso. Murray venceu o primeiro set por 6-4 e segui bem para levar a segunda parcial ao tie-break. Aí cometeu o erro que contra Federer é mortal. Dois erros não-forçados que custaram o set e colocaram o suíço de volta no jogo. Com uma quebra no terceiro e outra no quarto set, Federer faturou o impressionante heptacampeonato.
Mais do que sete títulos em Londres, Federer volta ao primeiro lugar do ranking mundial, um de seus objetivos restantes na carreira. Com 286 semanas no topo, ele se iguala a Sampras como aquele que mais tempo esteve no topo. Como ele, Novak Djokovic e Rafael Nadal não jogarão nas próximas semanas, Federer atinge mais um recorde histórico em sua vitoriosa trajetória. Com 17 taças de Major, Federer se distancia de Sampras (14) e de Nadal (11). Desde Andre Agassi, em 2003, um tenista com mais de 30 anos não vencia um Grand Slam. Com 24 finais deste nível e 244 vitórias, marca mais dois recordes que dificilmente serão igualados. Federer é o único jogador da história que venceu pelo menos 50 partidas em cada um dos Slams. As premiações na carreira chegam aos U$$ 73 milhões. Espetacular.

Serena vence em Londres pela 5ª vez e chega a 14 Slams
Serena Williams também reinou em Londres. Com grandes atuações e com mais de 100 aces nos sete jogos da campanha, a americana chegou ao pentacampeonato ao bater a polonesa Agnieks Radwanska em três sets. Em uma partida marcada pelos altos e baixos da s duas tenistas, Serena mostrou mais tranquilidade para se salvar nos momentos cruciais. Radwanska assumiria pela primeira vez o topo do ranking com o título e isso certamente pesou. Serena voltou ao 4º lugar com o título. Victoria Azarenka retornou à liderança. De quebra, a americana levantou também a taça de duplas, ao lado da irmã Venus. O 5º em Wimbledon e o 13º Grand Slam em duplas da família mais vitoriosa da história. Nada mal.
Raquetadas – Após a acentuada queda no ranking mundial, Thomaz Bellucci resolveu voltar aos challengers para conseguir importantes pontos e disputar os maiores torneios no segundo semestre. E a aposta deu muito certo. Ele faturou o título em Braunschweig, na Alemanha, e pulou para o 64º posto, uma ascensão de 16 colocações. Esta semana joga o ATP 250 de Stuttgart, no mesmo país, e tem uma chave promissora para ir longe e subir ainda mais, já que não defende nada.
Outra boa notícia para o tênis brasileiro foi no Panamá. Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, se sagrou campeão do challenger local e pela primeira vez, aos 29 anos, entrou para o top 100 do ranking mundial. O paulista já atravessou o mundo e chegou na Suécia, onde joga o ATP 250 de Bastad. João “Feijão” Souza e Thiago Alves também conseguiram vaga na chave principal. As próximas três semanas, aliás, serão de importantes torneios as série 250 sobre o saibro em que os brasileiros podem entrar nas chaves por conta do desinteresse dos grandes jogadores, que se preparam para as Olimpíadas.
Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.
O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.
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