Para os líderes do ranking mundial a temporada já acabou. A decisão da Copa Davis entre Espanha e república Tcheca foi o golpe final de uma temporada recheada de emoções e surpresas. Mas para aqueles que se encontram um pouco mais atrás, pontos fundamentais estarão em jogo a partir desta quarta-feira em São Paulo.
O Ginásio do Ibirapuera recebe pelo segundo ano consecutivo o Challenger Finals, torneio que reúne os tenistas que obtiveram melhores resultados neste nível de competição durante a temporada. Muitos tenistas classificados desistiram de vir até o Brasil e a lista de qualificados acabou encabeçada pelo italiano Paolo Lorenzi, seguido por Victor Hanescu (ROM), Ruben Ramirez-Hidalgo (ESP), Aljaz Bedene (ESL), Adrian Ungur (ROM), Gastão Elias (POR) e Guido Pella (ARG). Junta-se a eles o brasileiro Thomaz Bellucci, novamente convidado da organização.
Ausências sentidas em São Paulo serão as do eslovaco Martin Klizan, do polonês Jerzy Janowicz e do japonês Tasuma Ito. O primeiro faturou inclusive um troféu de ATP 250 neste final de temporada. Ito está jogando em alto nível há um bom tempo, enquanto Janowicz surpreendeu o mundo ao alcançar a decisão do Masters 1000 de Paris no começo do mês.
A competição será no estilo round-robin, igual ao ATP Finals. Quatro tenistas em cada chave se enfrentam e os dois melhores passam às semifinais. Neste domingo foram sorteados os grupos. No Verde ficaram Bellucci, Hidalgo, Ungur e Pella. No Amarelo, Lorenzi, Hanescu, Bedene e Elias. Serão quatro jogos por dia na fase de classificação e os ingressos não passam de dez reais.
Bellucci entra como franco favorito. Apesar do piso rápido, não deverá encontrar dificuldades para se classificar,
ainda mais em um grupo de “saibristas” como ele. Deve passar em primeiro com Hidalgo em segundo. Do outro lado, Hanescu e Lorenzi devem sobressair. Podem parecer meros pontos no final da temporada, mas para Bellucci significa muito mais. O paulista aparece em 33º no ranking mundial e busca terminar entre os 32, o que garantiria vaga como cabeça de chave no Australian Open, em janeiro. Motivação melhor não poderia existir.
Cada vitória durante a fase de classificação vale 15 pontos, enquanto os vencedores das semifinais somam mais 30 pontos e o campeão leva mais 50 pontos. Ou seja, o campeão invicto pode garantir 125 pontos. O torneio distribui US$ 220 mil em prêmios.
Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.
O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.
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