Que Rafael Nadal é o Rei do saibro ninguém discute. Que é um dos melhores tenistas de todos os tempos também não. E os números só ajudam a provar cada vez mais que o espanhol está entre os grandes nomes do tênis. Então vamos a eles após o oitavo título do canhoto de Mallorca no ATP 500 de Barcelona.

Só Djokovic pode parar Nadal?

São 77 finais na carreira brilhante de Nadal, o que já o iguala a Boris Becker como o 10º tenista da Era Profissional que mais chegou em decisões. Com 54 títulos, ele já é o 9º mais vitorioso do esporte. Os números não param por aí. O espanhol tem o melhor percentual de vitórias-derrotas da Era Profissional, com 609-124 (83%). No saibro são incríveis 276 vitórias contra apenas 21 derrotas. Os 93% de aproveitamento no piso lento o deixam a frente do mito Bjorn Borg (271-45 – 86,5%).

Em 2013, foram seis torneios, seis finais e quatro taças. Mesmo sem disputar o primeiro Grand Slam da temporada e pular um dos três Masters 100 que rolaram, Nadal é o segundo tenista que mais pontuou no ano, atrás apenas de Novak DJokovic. Aliás, o sérvio tem mostrado que é o único que pode bater de frente com Nadal no saibro. Como será o cabeça de chave 5, o encontro entre os dois pode acontecer já nas quartas de final. É aguardar o sorteio.

Raquetadas – Também em Barcelona, Bruno Soares conquistou o terceiro troféu do ano, o segundo ao lado de Alexander Peya. Com os 500 pontos somados, ele volta ao 14º lugar do ranking individual, seu recorde, e coloca a parceria austro-mineira como a terceira melhor da temporada, atrás apenas dos multicampeões irmãos Bryan e dos campeões do ATP Finals Marc Granollers e Marc López. Boas campanhas nos próximos torneios no saibro podem garantir a parceria no Finals, que sempre foi o grande objetivo de Bruno. Mais do que merecido.

Destaque também para o título de Lukas Rosol no ATP 250 de Bucareste. O valente tcheco chegou a primeira decisão da carreira e ficou com a taça diante do espanhol Guillermo Garcia-Lopez. Mais legal que o troféu foi a emoção de Rosol, que perdeu o pai há duas semanas e se emocionou muito após o ponto final. Lembrando que foi ele que bateu Rafael Nadal em Wimbledon no último ano.

Sharapova vai em busca do bi em Paris

Entre as mulheres, Maria Sharapova ficou com o bi em Stuttgart e se credencia ao bi em Roland Garros. A musa russa parece ter encontrado seu jogo no saibro, que até a temporada passada era o piso que menos lhe agradava. A final com Na Li colocou frente a frente as duas últimas e improváveis vencedoras do Grand Slam francês. Vale coloca-las na lista das favoritas, junto com Serena Williams e Victoria Azarenka.

Para os brasileiros as notícias poderiam ser melhores. Thomaz Bellucci venceu dois jogos e tinah reais chances nas quartas de Barcelona diante de Phillipp Kohlschreiber, mas abandonou com uma lesão abdominal. Já desistiu de Munique e volta em Madrid. No nível challenger, Guilherme Clezar fe semifinal em São Paulo e se firma no top 200. Com um tênis amadurecido, pode alçar voos mais altos em breve. Rogerinho fez quartas e subiu ainda mais no ranking. É o 86º, seu recorde.

Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.

O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.