Nada serena. Assim foi Serena Williams na decisão de Roland Garros. A norte-americana foi mais forte, jogou melhor, gritou mais e ficou com o segundo título no saibro parisiense ao bater a russa Maria Sharapova por duplo 6-4.
A partida mostrou uma Sharapova agressiva e tentando controlar os pontos e os poderosos golpes de Serena. Por muitas vezes, a musa russa conseguiu neutralizar a potência da adversária, mas manter esse nível o tempo todo é quase impossível. O fato é que se Serena estiver em um dia inspirado, é muito difícil vencê-la. Sharapova fez o que pôde e isso não bastou. O jejum de nove anos sem bater a número um do mundo continua. A russa, campeã no ano passado, perderá a vice-liderança do ranking para Azarenka.
Serena conquistou o segundo troféu em Roland Garros, repetindo 2002, e soma agora 16 taças de Grand Slam em 20 finais. Na Era Aberta do tênis, só Steffi Graff (22), Martina Navratilova (18) e Chris Evert (18) têm mais títulos de Major do que ela. Em 2013, são impressionantes 43 vitórias em 45 partidas, que resultaram em seis títulos. Aos 31 anos e oito meses, Serena se tornou a mais velha campeã de Roland Garros na Era Aberta.
Serena é muito superior a qualquer adversária na atualidade. O saibro, onde sua bola pesada anda muito menos, seria o local mais adequado para as rivais a desafiarem, mas nem isso funcionou. A garra de Kuznetsova, as deixadinhas de Errani e a potência e angulação de Sharapova pouco incomodaram a número um do mundo. Hoje, Serena só perde se estiver em um dia muito ruim e sua adversária em um dia mágico. Incontestável.
Juvenil – Nas duplas, Bia Haddad Maia ficou novamente com o vice-campeonato. A promessa nacional, ao lado da equatoriana Domenica Gonzalez, não resistiu as tchecas Barbora Krejcikova e Katerian Siniakova, cabeças de chave número 2: 7-5 e 6-2. Bia repete assim o resultado do ano passado em Roland Garros. Em Wimbledon, a paulista disputará seu último torneio como juvenil. Boa sorte pra ela.
Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.
O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.
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