Semifinais da chave masculina em Paris. A chuva tentou novamente atrapalhar e chegou a interromper o primeiro jogo, mas a lógica prevaleceu e os dois principais cabeças de chave irão decidir o título no domingo. Na chave de duplas juvenil, ótima notícia para o tênis brasileiro.
Rafael Nadal foi o primeiro a entrar em quadra. Do outro lado da rede estava o compatriota David Ferrer, um especialista no piso lento, mas que só havia passado pelo número 2 do mundo sobre a terra batida em um longínquo 2004. Os primeiros quatro games da partida foram nervosos e Ferrer teve, inclusive, uma chance de quebrar o saque de Nadal. Isso foi tudo que o canhoto de Mallorca permitiu. Com a habitual regularidade no fundo de quadra, Nadal venceu com tranquilos 6-2, 6-2 e 6-1 em pouco mais de uma hora e meia de partida.

Djokovic elimina Federer e vai à final em Paris pela 1ª vez
O espanhol chega a sua 16ª final de Grand Slam, igualando Bjorn Borg e Ken Rosewall. Ele segue em busca de seu sétimo título em Roland Garros, onde só perdeu uma única vez, o que o deixaria como maior vencedor de todos os tempos no torneio. Na campanha deste ano perdeu apenas 35 games em seis jogos e não ficou mais de três horas em quadra em nenhum destes jogos. Um absurdo. De quebra, Rafa é agora o tenista com maior número de vitórias em 2012, com 39 e apenas quatro derrotas.
Na outra partida do dia, Novak Djokovic simplesmente não deixou Federer jogar e chegou à final de Roland Garros pela primeira vez na carreira. Com muita tranquilidade nos momentos decisivos e deixando o suíço errar, o sérvio anotou 6-4, 7-5 e 6-3 em duas horas e cinco minutos de confronto. O que chamou a atenção foi que os dois tiveram muita dificuldade para confirmar os serviços e trocaram muitas quebras. Federer deu adeus ao torneio quando teve 3-0 no segundo set e deixou Djoko voltar para a partida. Contra o número um do mundo qualquer vacilo é fatal.
Com a vitória, Dkokovic entra para o seleto grupo de oito tenistas que alcançaram a decisão dos quatro Grand Slams. Se torna também o quarto homem a chegar a quatro finais desse nível de forma consecutiva, junto com Andre Agassi, Federer e Nadal. O triunfo sobre Federer foi o 27º seguido em torneios desse porte, igualando mais uma vez Federer, que fez isso duas vezes, e ficando atrás apenas dos 29 do lendário Rod Laver. O sonho de vencer os quatro Slams seguidos continua muito vivo na cabeça do sérvio.
O duelo da grande final é o que todos os fãs do tênis esperavam. O tira-teima final entre Nadal e Djokovic. O sérvio está jogando de forma espetacular desde o final de 2010 e no ano passado atropelou Nadal em nada menos que sete finais. O espanhol reagiu e, com vitórias em Barcelona e Monte Carlo, mostrou que é o rei do saibro. Em 32 partidas entre os dois até hoje, Nadal venceu 18 e Djokovic 14. No saibro, passeio espanhol: 11 a 2. Pelo que vem apresentando durante a competição, Nadal entra como favorito, mas em um confronto desses prever algo é impossível.

Aos 16 anos, Bia disputa sua primeira final de Grand Slam
Juvenil – Bia Haddad Maia se garantiu hoje na final de duplas da chave juvenil de Roland Garros. Atuando ao lado da paraguaia Montserrat González, a paulista passou pelas principais favoritas ao título, Eugenie Bouchars e Taylor Townsend, por 6-2 e 7-6.
A paulista se transforma assim no 15º jogador brasileiro, mas apenas a segunda mulher, a chegar numa final de Grand Slam em qualquer nível. Apenas quatro ganharam até hoje: Maria Esther Bueno, Gustavo Kuerten, Thomaz Koch e Tiago Fernandes. Em nível juvenil, todo o sucesso até hoje foram dos rapazes, sendo que apenas dois levantaram o troféu de campeão: Tiago ganhou no Aberto da Austrália e Guga foi campeão de duplas em Roland Garros. Outros sete brasileiros foram vices nas categorias juvenis: em simples, Koch, Edison Mandarino e Luís Felipe Tavares, em Roland Garros; e Ivo Ribeiro e Ronald Barnes, em Wimbledon. Já nas duplas, Guilherme Clezar, em Paris e Ricardo Schlachter, em Londres, chegaram à decisão.
Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.
O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.
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