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  • Um balanço do Brasil Open

    23/02/2012 por Guilherme Daolio em Opinião, Tênis / Sem comentários

    Indiscutivelmente a mudança do Brasil Open da Costa do Sauípe para São Paulo foi um acerto da Confederação Brasileira de Tênis. Apesar de toda a magia e beleza do litoral baiano, o difícil acesso do público ao complexo fazia com que as quadras ficassem vazias durante as rodadas diurnas e longe da lotação nas partidas noturnas. A capital paulista, quinta maior cidade do mundo, foi a saída que a CBT encontrou para fortalecer o maior torneio de tênis do país. E deu muito certo.

    Prova disso é que na quinta-feira, mais pessoas já haviam comparecido ao complexo montado no Ginásio do Ibirpuera do que em todo o torneio do ano passado no Sauípe. O público total superou os 45 mil presentes, segundo os organizadores. Para se ter ideia, a média de público diária de um ATP 250 entre segunda e quinta-feira, é de mil pessoas. São Paulo não registrou menos que isso em nenhum dia do evento, sendo que na sexta-feira quase oito mil fãs de tênis compareceram ás quadras do torneio e empurraram Thomaz Bellucci à vitória nas quartas de final.

    Fica claro também o acerto na mudança no que diz respeito aos tenistas que entraram na chave principal. Sendo o segundo torneio da turnê latino-americana de saibro – depois de Viña Del Mar e antes de Buenos Aires e Acapulco -, o antigo Brasil Open era a semana de descanso escolhida por grandes nomes para os torneios mais fortes e tradicionais do calendário. Em São Paulo, Nicolas Almagro, Gilles Simon, Fernando Verdasco, David Nalbandian, Juan Carlos Ferrero e Fernando Gonzalez encabeçaram a lista de atrações que a metrópole paulistana conseguiu reunir.

    Mais de duzentos proffisionais de mídia foram credenciados e desfrutaram de boa estrutura para realizar a cobertura in loco e acompanhar as concorridas entrevistas coletivas. Três emissoras de televisão fechada transmitiram o torneio ao vivo, sendo que a grande final também pôde ser vista em tempo real na televisão aberta. Sem contar as inúmeras matérias e reportagens de diversos veículos midiáticos durante toda a semana. Um aumento significativo no que diz respeito ao valor do torneio brasileiro.

    Mesmo assim não podemos esconder as falhas do nosso ATP 250, que devem ser pensadas e resolvidas para as próximas edições. A distância entre a quadra principal e as secundárias foi a principal. Tenistas, fãs e jornalistas sofreram para se locomover por um caminho longo e não muito bem cuidado. Com chuva então era missão quase impossível. Os banheiros, a única lanchonete e a desfalcada bilheteria também deixaram a desejar, assim como a falta de vagas no estacionamento. Mas não há dúvida que a rigorosa Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) esteve de olho e anotou tudo direitinho para cobrar para 2013.

    Dentro de quadra, o espanhol Almagro faturou o tricampeonato em cima do experiente italiano Filippo Volandri. Bellucci foi o melhor brasileiro, chegando até as semifinais. Ricardo Mello perdeu nas oitavas e João “Feijão” Souza parou na estreia. Nas duplas, festa nacional com Bruno Soares levantando a taça ao lado do americano Eric Butorac. André Sá foi vice com o eslovaco Michal Martinak.

    Após 68 partidas disputadas, a certeza que fica é que o Brasil Open, assim como o tênis no país, tem muito espaço para crescer. O torneio foi bem divulgado, reuniu grandes nomes, chamou a atenção e agradou o público. Os tenistas gostaram da cidade e de todas as atrações extra-torneio que ela oferece. Treinadores encontraram variedade de quadras em boas condições para teinos no complexo e também saíram satisfeitos. Os elogios, de todas as partes, superaram de longe as críticas. A torcida é para que o único torneio de nível ATP do Brasil cresça e se firme cada vez mais no circuito mundial, trazendo mais bons nomes para os anos seguintes. A contagem regressiva para a próxima edição já começou.

     


    Guilherme Daolio
    é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.

    O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.

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