O que Andy Murray e o número 7 tem a ver? Resposta mais do que sabida neste domingo. Em sua sétima final de Grand Slam, no dia 7/7, o britânico terminou com o incômodo jejum de 77 anos sem um tenista da casa levantar um troféu em Wimbledon. Se quisermos ir além, foi em um longínquo 1977 que Virginia Wade ficou com a taça na chave feminina.
Numerologias a parte, a partida de hoje mostrou que o trabalho mental feito por Ivan Lendl tem dado resultado. Claramente Novak Djokovic não estava em um bom dia, como ele mesmo disse na coletiva após a partida, mas os méritos são todos de Murray. E de Lendl, claro. Não é todo dia que se vence um líder do ranking mundial por três sets a zero. Lágrimas mais do que merecidas para o vice-líder do ranking mundial.
Murray, que venceu 24 dos últimos 25 jogos na grama, chegou as quatro últimas finais de Grand Slam que disputou – ficou fora de Roland Garros – e venceu duas delas, o que não é pouco. A conta bancária do britânico também deu uma bela engordada: 1,6 milhõesde libras, mais de 5 milhões de reais. A temporada 2013 já teve três Majors e três vencedores diferentes (Djokovic, Nadal e Murray). Muito bom para o esporte.
Duplas – Nas mistas, Bruno Soares colocou uma mão na história taça de Wimbledon. Ao lado da experiente americana Lisa Raymond, o mineiro perdeu dois match points e tomou a virada dos competentes Daniel Nestor e Kristina Mladenovic: 5-7, 6-2 e 8-6. Vi poucos jogos de duplas mistas na vida, mas não consegui desgrudar o olho do de hoje. Todos jogando sério e a responsabilidade muitas vezes nas mãos das mulheres.
Duas finais em Wimbledon depois de 46 anos distantes das decisões na quadra central mostram que o tênis brasileiro está evoluindo. Mesmo que seja nas duplas, a visibilidade aumenta muito com os resultados de Marcelo Melo e Bruno Soares. Vida longa a ótima safra de duplistas mineiros. E que voltemos a ter grandes nomes para brigar em simples também.
Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.
O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.
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