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  • Além da peteca

    19/06/2012 por Beatriz Nantes em Badminton, Notícias, Reportagem / Sem comentários

    Em 2007, durante o PAN do Rio de Janeiro, um cambista tentava desesperado vender ingressos para um jogo de “bandball” que estava prestes a começar, por R$ 5. Um turista brasileiro se aproximou e perguntou de que esporte se tratava, ouvindo como resposta que tratava-se de uma partida com bola jogada com as mãos, algo semelhante ao que é o handebol. O turista pediu para ver o ingresso e corrigiu dizendo que o ingresso era para o badminton, um jogo com raquete e peteca. “Peteca??”. O cambista saiu furioso.

    Cinco anos depois, quem esteve presente na manhã de 16 de junho ao Clube Fonte São Paulo, em Campinas, não se confundiria
    com o nome da modalidade praticada. Ali, o badminton era nome comum, e sério. E não apenas pela realização da segunda etapa do Campeonato Nacional Adulto de Badminton, com 86 atletas inscritos. Um dos clubes mais tradicionais do país na modalidade, junto com a Hípica, da mesma cidade, e o Paulistado, na capital paulista, o Fonte revelou muitos atletas para a Seleção Brasileira e foi onde o melhor brasileiro no ranking mundial da atualidade, Daniel Paiola, começou a treinar. Ele estava presente na competição.

    No sábado de manhã, a partida de Daniel foi contra Ygor Coelho de Oliveira, atleta Júnior do Miratus, projeto social do Rio de Janeiro que tem revelado muitos atletas e é apontado como grande nome para o futuro do esporte. Além de Ygor, os nomes de maior destaque a Asseociação Miratus são as irmãs Lohaynny e Luana Vicente, que vem se destacando no feminino.Lohaynny tem 15 anos e já é número 135 no ranking mundial; nas duplas, elas chegaram a ser número 58 do ranking e hoje estão na 78a posição. Os três fazem parte da Seleção Brasileira que irá ao Pan Americano Júnior, a ser disputado no Canadá em julho.

    Daniel e Ygor jogaram na primeira de cinco quadras de badminton no Fonte, sob os olhares de torcedores, crianças, pais e um grupo de atletas de parabadminton da equipe da Unipar, de Toledo, no Paraná observavam a partida sem perder nenhum lance. A peteca usada no jogo chega a 300km/h de velocidade e os jogadores se movimentam intensamente pela quadra em partida de até três games, onde vence quem ganhar dois, tentando fazer a peteca cair no chão, passando pela rede colocada a 1,55 metros do chão.

    Paiola venceu o jogo, as outras duas partidas, e se sagrou campeão da etapa no nacional, na primeira competição disputada no Brasil em três anos. Ele esteve no exterior nos últimos anos, treinando e participando de torneios internacionais em busca de uma vaga inédita nas Olimpíadas. Acabou ficando em sexto na lista de espera, e a estreia de um brasileiro no badminton nas Olimpíadas deve ficar para 2016, no mesmo Rio de Janeiro do PAN de 2007.

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    • Badminton
    • Daniel Paiola

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