
Os últimos 100 metros foram sensacionais, com uma briga até o último metro para ver quem levaria. Jeremy Stravius ficou um pouco à frente faltando 5 metros, para delírio da torcida – está difícil calcular se há mais espanhois ou frances aqui, tamanha a festa sempre que um atleta da França entre na piscina. James Feigen manteve os EUA em segundo por pouco. Festa francesa na piscina, e especialmente no momento do pódio
Katie Ledekcy já tinha nadado bem de manhã e passado com o primeiro tempo (4’03). Seu título olímpico aos 15 anos, no 800 livre de Londres, e o desempenho nos Trials deste ano credenciavam Ledekcy a fazer uma grande prova de 400 livre, mas o que se viu na piscina superou expectativas – provavelmente as da atleta também, que comemorou muito quando viu que nadou abaixo de 4’00.
Bem que eu achei estranho, estava muito bom pra ser verdade: um voo direto pra Barcelona sem escala por só R$ 2 mil (que acabou sendo o mesmo voô que trouxe Neymar para a Espanha… sim, vim “com o Neymar” para a Espanha), um Mundial calhando numa época boa de férias, o credenciamento vindo um dia antes do meu aniversário, uma notícia boa do trabalho na sexta-feira antes de viajar.
Foi muito, muito, muito legal pegar a credencial no MAC (Main Accreditation Center). Ele fica do lado do Estádio Olímpico, e a organização do Mundial está muito linda. Símbolos e mascote por toda parte, faixa azul enfeitando o caminho para celebrar o Planeta Água, tema do Mundial. Minha credencial é amarela, tem a minha foto, e representa muito pra mim.
Pra melhorar, encontrei a assessoria de imprensa da CBDA quando subia para a piscina e consegui um lugar bem bom e no centro da piscina. Internet funcionando até cinco minutos antes do início das provas. E ai pifou.
Foi difícil abstrair desse detalhe, dado toda empolgação em fazer uma cobertura legal, atualizar o twitter e o facebook. Isso foi atenuado por duas coisas: primeiro, a atenção absurda que recebi das pessoas da organização – ficaram 1h30 tentando consertar meu computador ali mesmo na tribuna de imprensa. E em segundo lugar, aquele 400 livre surreal da Katie Ledecky. O Sun também foi bem legal (muita gente da China aqui na torcida!), e os brasileiros nadando bem o 50 borboleta, mas quando vi a Katie destruindo e passando abaixo de 1′ em todos os parciais no 400 livre me dei conta de como não fazia sentido desperdiçar o espetáculo. Paciência.. os dois revezamentos foram sensacionais também, e ainda estou tentando entender se estou na Espanha ou na França – surreal a torcida para todos os nadadores franceses. De arrepiar! O cara que me ajudou com o computador é francês e gritou bastante quando eles levaram o rev.
Pouco depois do fim da competição, o computador ressucitou. Veremos o que rola amanhã.
Prova fantástica de Felipe Lima hoje. O nadador fez o melhor tempo da vida, superou pela primeira vez a marca de 1’00, bateu o quatro vezes campeão olímpico Kosuke Kitajima que nadou ao seu lado e passou pela primeira vez a uma final de Mundial
O primeiro dia de eliminatórias da natação no Mundial de Esportes Aquáticos foi bom para o Brasil.O país teve cinco classificados para a semifinal e chegou à final do revezamento masculino 4×100 livre. No feminino, o revezamento não passou para a final, mas bateu o recorde sulamericano.
O Brasil sagrou-se campeão das maratonas aquáticas no Mundial de Esportes Aquáticos, finalizado na manhã deste sábado com as provas de 25km. Com cinco medalhas, uma de ouro, duas de prata e duas de bronze, o Brasil somou 98 pontos, seguido pela Alemanha, com 94, e Estados Unidos, com 65.
Em seu terceiro Mundial de piscina longa, Felipe Lima busca pela primeira vez avançar das eliminatórias. Nas duas participações anteriores, sua melhor colocação foi o 24o lugar. Além de uma possível semifinal, Felipe busca baixar pela primeira vez a barreira do 1’00 – seu melhor tempo é o 1’00”08 feito nas Olimpíadas de Londres, quando terminou na 13a colocação.
Aos 26 anos, Joanna Maranhão disputará em Barcelona seu quarto Campeonato Mundial de piscina longa, na mesma piscina onde estreou, há dez anos. Atleta com o melhor resultado da história da natação feminina, o quinto lugar nas Olimpíadas de Atenas-2004, Joanna nunca chegou a uma final de Mundial.
Carolina Bilich chegou ao Maria Lenk com um objetivo claro: conseguir vaga para o revezamento 4×200 livre do Mundial de Barcelona. O dever foi cumprido: com 2’01”70, Carol ficou com a terceira vaga para o revezamento. Na competição, ela ainda venceu a prova de 400 livre com um final de prova espetacular.
Beatriz Travallon é um dos nomes da nova geração da natação feminina. Atleta do Pinheiros desde 2009, Bia começou a se destacar no júnior, e vem mostrando grande evolução na prova de 100m peito. No Maria Lenk deste ano, a atleta fez 1’09”32, tornando-se a primeira brasileira a nadar a prova abaixo de 1’10 sem trajes tecnológicos.