
De time desacredito a campeão olímpico. Este pode ser o resumo da trajetória do vôlei feminino brasileiro em Londres. Zé Roberto arruma o time durante o jogo e leva suas comandadas à medalha de Ouro pela segunda vez consecutiva
O Brasil garante seu lugar em mais uma final olímpica e volta a passar a imagem de time forte e praticamente imbatível que a era Bernardinho deixou nos últimos anos. Resta agora encarar os Russos neste domingo, às 9h para voltar a conquistar a medalha de ouro que fugiu em 2008, e para que Bernardinho possa voltar para casa com o sentimento de missão cumprida, mais uma vez.
Quem acompanhou o jogo desta tarde pela TV pôde presenciar Zé Roberto dar a “senha” da vitória ante as japonesas durante o 2º tempo técnico do 1º set: “Vamos arrumar essa defesa. Vocês estão esperando pancada mas só está vindo caixinha. Fabi, antecipa na chegada da largada delas”. A partir de então, um jogo que estava empatado e sem chance de sequência de pontos para nenhuma das equipes, mudou de forma positiva para as brasileiras que venceram por 3 a 0
Confirmando o favoritismo sem dificuldades, o Brasil passou pela Argentina nas quartas de final, avançando para a semifinal das Olimpíadas. O time de Bernardinho foi muito superior durante toda a partida, e venceu por 3 sets a 0, parciais de 25/19, 25/17 e 25/20. A notícia ruim do dia foi a possível lesão de Leandro Vissotto, que sentiu dores na virilha direita e chorou muito no banco de reservas, depois de ser susbtituído.
Depois de salvar o match point, o Brasil salvou mais um, e outro, e outro, e outro, e outro. Seis match points revertidos, contando com atuação magistral de Sheilla, que virou cinco deles – o outro foi de Thaisa. Na primeira chance para definir, depois de Fernandinha abrir um ponto de vantagem, o Brasil não deixou barato, e fechou a partida. Agora, as comandadas por Zé Roberto Guimarães pegam o Japão valendo vaga na final. A partir de hoje, quando alguém falar sobre “aquele jogo contra a Rússia, lembra?”, nem todos vão lembrar de 2004
Só falta um. A dupla brasileira formada por Emanuel e Alison venceu a primeira semifinal masculina por 2 sets a 0 e avançou para a final, que acontece na quinta-feira. Campeões mundiais e líderes do ranking olímpico, os brasileiros são favoritos ao ouro e enfrentam na final o ganhador da partida entre os alemães Brink e Reckermann e os holandeses Nummerdor e Schuil
O vôlei feminino fecha as partidas brasileiras neste sábado, entrando em quadra as 18h. As meninas pegam na estreia a badalada seleção da Turquia, que venceu o pré olímpico europeu vencendo as fortes Rússia e Polônia. A seleção inicia a busca pelo bicampeonato depois de terminar em segundo no último Grand Prix, e marcada por uma disputa interna muito acirrada pelas 12 vagas
O técnico alegou questões técnicas para a saída da ponteira, que teve problemas de lesões nos últimos tempos e chegou a mudar de posição, atuando como oposto. Ela não disputou o pré olímpico e perdeu espaço em uma posição com número elevado de grandes jogadoras: hoje, Zé Roberto tem a sua disposição sete ponteiras de destaque como Nathalia (voltando de um tempo parada após cirurgia), Fernanda Garay, Jaqueline, Sassá, Paula Pequeno, Mari e Tandara
O vôlei brasileiro entrou em quadra nessa sexta-feira em São Bernardo do Campo, com a Seleção masculina pela terceira rodada da Liga Mundial, e na Polônia, com a Seleção feminina na estreia do Grand Prix. O saldo foram duas vitórias, uma mais tranquila, de 3×0 dos homens sobre a Finlândia, e outra mais acirrada das meninas contra a rival Itália, em jogo decidido no tie break
As tricampeãs olímpicas haviam perdido a vaga para a República Dominicana no pré olímpico continental, e chegaram a desistir da repescagem mundial, mas conseguiram ajuda financeira externa e foram ao torneio. Com quatro derrotas, no entanto, acabaram as chances das cubanas; já a campeã mundial Rússia garantiu vaga. Japão segue em segundo e deve ficar com o posto asiático