Começa na terça-feira o Troféu Maria Lenk, o Campeonato Brasileiro absoluto, que de terça-feira a sábado terá os melhores nadadores do país em busca de vagas na Seleção Brasileira e defendendo os clubes em mais uma disputa nacional. As provas acontecem no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, com eliminatórias pela manhã e finais a noite, a partir das 19h – será a primeira competição nacional com esse novo formato, adequando-se ao que ocorre em Olimpíadas e Mundiais. O que está em jogo na competição
1- Vaga olímpica
Para muitas provas, essa será a última seletiva olímpica, definindo os brasileiros que defenderão o país nas Olimpíadas de Londres. Para as provas em que não houver dois brasileiros com índice, a última chance ocorre duas semanas depois, de 9 a 12 de maio, com a Tentativa Olímpica, que acontece na mesma piscina.

João, França, Felipe Lima e Henrique lutam pelas duas vagas
2- Definições no 100 peito
Ainda são poucas provas em que o Brasil tem mais de dois nadadores com índice olímpico. O caso mais emblemático é a prova de 100 peito, com quatro nadadores com índice: Felipe França (1’00”01), João Luiz Gomes Júnior (1’00”40), Felipe Lima (1’00”46) e Henrique Barbosa (1”00”70). Acredito que a definição deve ser pela segunda vaga, com França se garantindo no primeiro tempo. Henrique vem nadando um bom 200 peito e creio que deve ficar fora do 100. Felipe Lima também passou a nadar o 200, mas tem no 100 sua prova preferida e ainda está longe do índice no 200 (seu melhor é cerca de três segundos acima do índice)
3- Integrantes do revezamento
O Brasil tem apenas um revezamento 100% confirmado nos Jogos, o 4×100 livre. Até o momento, os integrantes são César Cielo, Nicolas Oliveira, Bruno Fratus (os três com índice para a prova individual). Se ninguém mais fizer o índice, os três ficam com as primeiras vagas para a prova e a quarta deve ficar entre Marcelo Chierighini, Nicholas Santos e João de Lucca, todos nadando entre 49”1 e 49”5 nas últimas competições. O revezamento 4×100 medley também deve classificar, depois do 3’34 do PAN, abaixo da referência de 3’36”47 da CBDA.
Para os demais revezamentos (4×200 masculino e todos os femininos), os tempos são muito difíceis – pela regra da FINA, os quatro melhores tempos se classificam, mas a CBDA impôs mais um parâmetro, o tempo dos revezamentos que ficaram em 10o lugar no Mundial de Shangai, que dificilmente serão alcançados.
4- Perto do índice
Há quatro anos, três nadadoras conquistaram o índice na última seletiva: Joanna Maranhão, Gabriela Silva e Daynara de Paula. Essa edição do Maria Lenk, que promete ser a mais forte dos últimos anos, também deve reservar momentos de emoção com novos índices conquistados. Uma matéria especial foi postada aqui.
5- O 50 livre masculino
Uma das provas mais fortes da competição será o 50 livre masculino, com presença do campeão e recordista olímpico e mundial,

Cielo, Bousquet e Fratus prometem 50 livre muito forte
César Cielo, o detentor do melhor tempo da história da prova sem trajes e vice mundial em 2009, Fred Bousquet (que falhou na seletiva olímpica francesa e está fora dos Jogos), o brasileiro Bruno Fratus, que tem o quarto melhor tempo do mundo este ano e Nicholas Santos, semifinalista olímpico em Pequim, correndo por fora.
6- Campeãs mundiais na piscina
Cada clube pode trazer dois estrangeiros para a competição. O Pinheiros traz o badalado casal francês Laure Manaudou (ouro e prata em Atenas e a primeira mulher a bater sem trajes o histórico recorde mundial de Janet Evans no 400 livre) e Fred Bousquet. Já o Corinthians investiu em duas dinamarquesas de peso: Jeanette Ottensen, campeã mundial do 100 livre ano passado, e Lotte Friis, campeã mundial do 800 livre em 2009 e vice na prova ano passado. Além de somar muitos pontos nas provas individuais, as duas fortalecem os revezamentos femininos do clube, há tempos o ponto fraco da equipe.
O Flamengo mais uma vez traz Mireia Belmonte, campeã mundial de piscina curta e especialista nas prova de borboleta e medley, e Eugene Godsoe. O Minas trouxe Carolina Colorado da Colômbia, que pode dar trabalhar nos provas de costas e borboleta, e Charles Gipson, nadador de menor expressão internacional mas que foi ouro no 400 livre no PAN e é boa escolha para as provas de fundo, as mais fracas no masculino do Brasil atualmente. Pelo Fluminsense, competem Jorge Mário Valdes, ouro no 200 peito no PAN e Esteban Enderica
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