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  • Opinião: balanço da participação brasileira no Mundial de Istanbul

    17/12/2012 por Beatriz Nantes em Coberturas, Natação, Notícias / Sem comentários

    O Brasil saiu do Mundial de piscina curta, disputado em Istanbul, Turquia, com duas medalhas e 13 finais. Sob essas duas métricas, o desempenho foi pior do que o registrado em Dubai, há dois anos, quando o Brasil saiu da competição com oito medalhas e 18 finais. Fez a diferença a ausência dos nadadores César Cielo e Felipe França, que na ocasião levaram quatro medalhas e ajudaram os revezamentos a subir ao pódio.

    Nicholas Santos foi o destaque em termos de medalha, levando o ouro no 50 borboleta e batendo o recorde do campeonato nas três vezes que caiu na água para nadar a prova. É verdade que não é uma prova olímpica, mas ainda assim é um título mundial. Atleta sempre citado por seus colegas, inclusive Cielo, como exemplo de dedicação, Nicholas conquistou seu primeiro ouro em Mundiais depois de bater na trave várias vezes. Aos 32 anos, está na seleção de brasileira há uma década e nadou tanto ao lado da geração Gustavo Borges como de César Cielo. Ainda que não tenha conseguido a vaga olímpica na prova individual, a presença de Nicholas é benéfica para Fratus e Cielo – quanto mais nadadores disputando a vaga internamente, melhor.

    Nicholas bateu o recorde de campeonato três vezes

    Achei ainda mais relevante a participação de Guilherme Guido, que fez medalha no 100 costas. Depois de um 2011 fraco e de ficar fora das Olimpíadas, Guido se motivou muito e fechou o ano com um ótimo resultado.

    A participação feminina foi interessante. De um lado, a nova geração se destacou, com duas semifinalistas na prova de 100 livre, uma semifinalista em uma prova de peito e boas marcas alcançadas. Por outro lado, os melhore resultados ficaram com as veteranas Fabíola Molina e Flávia Delaroli, que chegaram a final, sendo Flávia em uma prova olímpica (50 livre). Despedida de alto nível para Flávia, duas vezes olímpica, finalista em Atenas-2004 e uma das melhores nadadoras da história do país. Seu melhor tempo na competição, 24’’55, ficou próxima de seu próprio recorde sulamericano que já dura desde 2005. Ótima forma de encerrar a carreira.

    Flávia encerrou a carreira em grande estilo (Foto: Satiro Sodré)

    Das 13 finais alcançadas, seis foram em provas não olímpicas. É claro que isso não diminui o valor de alcançar a final e mesmo a medalha, mas é importante diferenciar e há mesmo que se melhorar nas provas olímpicas em longa – vide a diferença dos desempenhos em Olimpíadas/Mundial de longa e dos Mundiais de curta. O site SwimSwam comentou como o Brasil tem os dois campeões mundiais do 50 borboleta, mas não consegue resultados relevantes no 100 borboleta. Nas provas de peito, isso já está mudando – Felipe França é um exemplo perfeito sobre isso.

    Todos os finalistas:

    Ouro – Nicholas Santos – 50m borboleta
    Bronze – Guilherme Guido – 100m costas
    4º – Guilherme Guido – 50m costas
    4º – João Gomes Júnior – 50m peito
    4º – Guilherme Guido, Felipe Lima, Kaio Márcio e Guilherme Roth – 4x100m Medley
    6º – Felipe Lima – 50m peito
    6º – Leonardo Alcover, Fernando Santos, Guilherme Roth, Vinícius Waked – 4x100m livre
    6º – Larissa Oliveira, Alessandra Marchioro, Flávia Delaroli, Tatiana Lemos – 4x100m livre
    7º – Daniel Ozerchowski – 50m costas
    7º – Fabíola Molina – 50m costas
    8º – Felipe Lima – 100m peito
    8ª – Daynara de Paula – 100m borboleta
    8º – Flávia Delaroli Cazziolato – 50m livre

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