Se algumas provas estarão esvaziadas de suas maiores estrelas, esse não é o caso do 50 livre masculino. Muitos elementos fazem dessa uma das provas mais esperadas do Mundial, entre eles o encontro entre o atual campeão olímpico (Manaudou) e o atual campeão mundial (Cesar Cielo).
- César Cielo pode se tornar o primeiro tricampeão Mundial da prova. Além disso, o brasileiro já revelou que ainda não engoliu o bronze nas últimas Olimpíadas.
- Florent Manaudou, campeão olímpico ano passado, disse após a prova em Londres que “seu ouro tinha vindo aos 21 anos, mesma idade que César tinha em Pequim quando foi campeão da prova”. Manaudou também quer repetir o caminho de Cielo no ano pós olímpico, quando levou o 50 livre em Roma e no final do ano bateu o recorde mundial no Pinheiros. Ele tem o segundo melhor tempo do ano.
- Nathan Adrian, mais do que o melhor tempo do ano, está devendo um 50 livre desde que ficou de fora da prova nas Olimpíadas de Londres, ao perder a vaga nos Trials dos EUA para Cullen Jones e Anthony Ervin. Campeão olímpico do 100 livre, ele sem dúvidas quer repetir o feito de Popov (94 e 2003), Ervin (2001) e Cielo (2009), que levaram o 50 e o 100 livre no Mundial, saindo como reis da velocidade nas respectivas edições.
- James Magnussen provavelmente quer o mesmo que Adrian: vencer o 50 e 100 livre. Depois de uma participação aquém do esperado em Londres e de ficar exposto que o atleta era um dos envolvidos nas polêmicas da seleção australiana, Magnussen já disse que amadureceu e agora quer provar que não nada bem só em seletivas de seu país (o que já estava claro após o Mundial de 2011, mas ficou em xeque após as Olimpíadas). Ele é bem melhor no 100 livre do que no 50, com sua volta espetacular, mas tem o segundo melhor tempo do ano no 50 e, se estiver bem, é um concorrente fortíssimo.
- Anthony Ervin já foi campeão mundial da prova (2001) e olímpico (2000). Ficou 10 anos parado e voltou em 2011, suficiente para conseguir uma vaga no time dos EUA. Quinto em Londres, conseguiu a vaga para Barcelona com um forte 21.70.
- Fred Bousquet tem o segundo melhor tempo da prova na história sem trajes tecnológicos (21.36), foi vice em 2009, e voltou a nadar bem depois de ficar de fora das Olimpíadas de Londres. O francês está rápido este ano e mesmo não sendo favorito, é sempre um nome forte.
- Vladimir Morozov – o russo de 21 anos recém completados era a sensação da velocidade no início do ano, até o início das seletivas mais fortes. Ele fez o melhor parcial da história do 50 jardas em revezamentos no NCAA deste ano (marca que pertencia a Cielo) e bateu o recorde do brasileiro também no 100 livre jardas. Morozov também brilhou no Mundial de curta do ano passado, saindo de lá com ouro no 50 e 100 livre. Resta saber como ele se comporta em uma grande competição de longa…
Ranking mundial:
1º Nathan Adrian – 21.47 (Trials EUA)
2º James Magnussen – 21.52 (Seletiva Australiana)
3º Florent Manaudou – 21.55 (Seletiva Francesa)
4º César Cielo – 21.57 (Maria Lenk)
5º Anthony Ervin – 21.70 (Trials EUA)
6º Vladimir Morozov – 21.72 (Seletiva Russa)
7º Fred Bousquet – 21.73 (Seletiva Francesa)
8º Josh Schneider – 21.87 (Trials EUA) – não estará em Londres
9º Marcelo Chierighini – 21.88 (Maria Lenk) e Roland Schoeman (Seletiva sul-africana)
Todos os medalhistas:
Deixe um comentário