Credenciada pelo bicampeonato Mundial no 200 e 400 livre, provas em que detém até hoje o recorde mundial, a italiana Federica Pellegrini era a mulher a ser batida nessas provas nas Olimpíadas de Londres-2012. Mesmo sem grandes resultados ao longo do ano, seu histórico de competir bem na hora que interessa contava a seu favor, mesmo com a ascenção de Camille Muffat e Alisson Schmitt, que detinham as melhores marcas do ano na prova.
Mas Federica saiu de Londres sem defender seu ouro olímpico no 200 livre: pior, depois de ter dominado as duas provas durante o ciclo olímpico, saiu de Londres sem nenhuma medalha.
Para quem achava que era o fim para a italiana, sua participação no Campeonato Italiano durante a última semana provou que ela ainda está viva, e dará trabalho no Mundial de Barcelona. Federica nadou para 1’56”51 no 200 livre e para 2’08”06 no 200 costas, nas duas provas marcando o segundo melhor tempo do mundo na temporada 2013. A italiana de 24 anos decidiu abrir mão do 400 livre por enquanto.
Aos 24 anos, a “Leoa de Verona”, que foi prata nas Olimpíadas de Atenas com apenas 16 anos, é uma das maiores estrela da natação italiana de todos os tempos. Para se ter uma ideia, ela detém as 32 melhores marcas do 200 livre na Itália de todos os tempos – não à toa, Craig Lord disse que “um Campeonato Italiano sem Federica no 200 livre seria como um almoço italiano sem a família reunida”.
Certo é que o 200 livre feminino será fortíssimo em Barcelona: um dia depois de Federica nadar na Itália, Camille Muffat fez 1’55”69 no Campeonato Francês, se colocando na primeira posição do ranking mundial. Nos EUA, a briga pelas vagas será dura, e Alisson Schmitt, campeã olímpica, ainda não nadou forte esse ano. Temos ainda a sueca Sarah Sjotrom, que já fez 1’56”55. Mordida depois das Olimpíadas de Londres e buscando o tricampeonato, quem duvida de Federica Pellegrini?
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