Team USA: na disputa em casa entre Lochte e Phelps, deu Lochte, atacando forte depois da virada dos 100 metros (51’20 -
1’44”44) – e por pouco Phelps fica de fora do pódio, com a distância entre sua prata (1’44”79) e o quarto lugar (Park, que demorou para atacar) de apenas 13 centésimos. Não estou sentindo Phelps no melhor da sua forma em Xangai: ele não tem conseguido se sobressair nos fundamentos como antes e parece que falta algo no final (o mesmo aconteceu na semifinal do 200 borbo). Em terceiro (1’44”88), o alemão Biedermann, que há dois anos, em Roma, infligiu uma das piores derrotas a Phelps, sempre contestada pelos trajes.
China vence de novo: prova muito forte com as nadadoras precisando nadar para 59”81 para entrar na final . Natalie Coughlin, campeã mundial pela primeira vez em Fukuoka há 10 anos, na mesma prova, e primeira na história a nadar abaio de 1’00, passou forte (28”4) e se destacou no submerso, como de praxe, mas foi alcançada nos últimos metros pela chinesa Jing Zhao, campeã com 59”05 e comemorando muito, 1 centésimo a frente da russa Anastasia Zueva. Para Coughlin restou o bronze, com 59”15.

1500 livre feminino: em uma prova irretocável Lotte Friis virou na frente em todos os parciais da prova mais longa da natação em piscina. Com parciais de 500 metros de 5’12-5’18-5’18, a dinamarquesa marcou 15’49”59, melhor tempo do ano na prova, que não faz parte do programa olímpico. Em segundo, Kate Ziegler, que começou atrás e assumiu o segundo lugar nos 550 metros, ultrapassando a chinesa Yiwen Shao, que cansou e acabou em oitavo. A outra representante do país, Xunaxu Li, ficou em terceiro, com 15’58, a décima nadadora no mundo a baixar dos 16’00. Vale o destaque para a chilenaKristel Kobrich, velha conhecida dos brasileiros, que com 16’05”11 (um pouco pior comparado aos 16’03 da eliminatória e aos 16’02 feitos por ela em abril), ficou em quarto.
La Marseillaise em dobro: Camile Lacourt vem prometendo ser o grande nome da prova desde a aposentadoria do gigante Aron Peirson, desde que fez 52”11, melhor tempo da história sem considerar os trajes. Juntamente com o outro francês na prova, Jeremy Stravius os dois imprimiram ritmo forte e disputaram o ouro até a última batida, que veio exatamente igual, levando a um empate na primeira posição. Os dois franceses marcaram 52”76, segundo melhor tempo da temporada (o primeiro permanece com Lacourt) e comemoraram muito o primeiro título (já em dobro!) do país em Mundiais no masculino. O terceiro lugar foi para o japonês Ryosuke Irie, com 52”98.

Supersonic: Soni não deixou dúvidas de que é hoje a rainha do peito, mas esperava um pouco mais do tempo – falava-se inclusive no primeiro recorde mundial em longa após a era dos trajes. A americana passou forte na frente, com 30”70, mas virou mal e Leisei Jones chegou a encostar após o submerso. Soni acelerou (seu estilo de peito é um dos mais bonitos e eficientes que já vi, com recuperação de braço e pernada fortes e consistentes) mas a virada comprometeu o resultado final (1’05”05), pior que o das semi. A australiana Leisel Jones levou a prata mais de um segundo atrá,s com 1’06”25 e Li Jiping ficou com o bronze (1’06”56), mostrando a melhora das chinesas em todos os estilos (só nesta etapa, as anfitriãs subiram ao pódio nas três provas femininas).

Brasil nos 200 borbo: fiquei muito triste com o Kaio Marcio e o Leo de Deus fora da final do 200 borbo. Leo, um dos integrantes do PRO-16, deve ter cansado da prova da manhã (o ótimo 1’55”55 que fez lá o colocaria como 2o tempo da final). Kaio liderou a primeira semifinal até o finalzinho mas cansou demais no final e mesmo ficando em terceiro na sua série, os 1’56”06 foram insuficientes para levá-lo a final, com uma segunda série fortíssima onde os 7 primeiros avançaram para a última fase – o americano Scott Clary, um dos favoritos até aqui, ficou em segundo na primeira série e também ficou de fora.
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