
A nova sensação da natação brasileira é gaúcha e tem 19 anos. Graciele Hermann surgiu para o público em geral após o PAN de Guadalajara. Ela chegou lá sem fazer muito barulho, conquistando sua primeira convocação para a Seleção Brasileira na última seletiva, e saiu como a maior surpresa do país, ao ficar a três centésimos do índice olímpico dos 50 livre. No final do ano, no Open realizado no Rio de Janeiro, Graciele confirmou as expectativas e atingiu a marca, nadando para 25″12, oito centésimos abaixo da marca A da FINA para a prova. Mas quem é essa nadadora sorridente de 19 anos, que está atualmente no México participando do treinamento em altitude com a Seleção Brasileira?
A seleção feminina merece atenção. Do time que foi para o Pan, apenas duas atletas atuam no Brasil. As demais estão espalhadas pela Europa na Espanha, Hungria, Áustria, França e Dinamarca com a base do time formada por atletas atuando no time austríaco Hypo, que em recente parceria com a Confederação Brasileira de Handebol tem conseguido trazer experiência internacional e entrosamento entre as jogadoras. Não só porque suas jogadoras têm talento, potencial e vontade de vencer, mas também porque têm um técnico experiente acreditando que o Brasil possa brigar por algo a mais que eu ficaria de olho e torceria por essa seleção em Dezembro aqui no Brasil e também em Londres.
O que se viu no PAN foi a melhor atuação das brasileiras neste revezamento desde Atenas-2004, quando conquistaram a segunda final olímpica de revezamento na história da natação feminina do país, terminando em sétimo. Na ocasião, tinhamos Joanna Maranhão, Mariana Brochado, Monique Ferreira e Paulo Baracho, um revezamento consistente com quatro nadadoras nadando entre 2’01-2’02.
O PAN se chama PAN porque é o PAN, e não Olimpíadas, e não Mundial. Nenhum atleta é ingênuo o bastante para achar que um pódio no PAN equivale a uma medalha olímpica. Mas você sabe sabe o que significa participar de uma Seleção Brasileira? Não vejo porque não valorizar os ouros de Thiago, Hoyama e tantos outros, só porque eles não tem medalhas olímpicas. Poucas vezes vivi um clima tão contagiante como o que tomou conta do Rio-2007 e tive o privilégio de assistir
A disputa do 50 livre prometia ser uma das mais fortes da competição, a única contando com o melhor atleta da seleção americana que foi ao PAN, Gary HAll Jr, nada menos do que o campeão olímpico dos 50 livre na época. Mas o outro protagonista era o argentino José Meolans, campeão mundial da prova em piscina curta um ano antes, e que já havia levado o 100 livre no mesmo PAN. E lá estava Scherer