Além de proporcionar uma natação de altíssimo nível, os Trials antecipam disputas que deverão acontecer nos Jogos. A mais evidente é que deve acontecer entre Phelps e Lochte. Aliás, um motivo especial para ficar de olho nas provas: essa pode ser a penúltima competição do maior gênio das piscinas em todos os tempos, caso Michael Phelps realmente se aposente após as Olimpíadas.

Ele está inscrito em sete provas, e Lochte em onze – mas dificilmente eles estarão em todas. Em comum, os dois disputam o 200 e 400 medley (ainda há dúvida se Phelps nadará essa prova, mas acredito que sim, pelos tempos que tem feito este ano), o 100 e 200 livre (na primeira, acredito que estejam atrás da vaga no revezamento 4×100 livre), 100 e 200 borboleta e 200 costas. Além disso, Lochte está inscrito no 100 peito, 100 costas, 50 e 400 livre. Ainda é um mistério o que cada um irá de fato nadar.

Feminino
Entre as mulheres, veteranas e novatas dividem as atenções. Missy Franklin, de apenas 17 anos, está em cinco provas: 100 e 200 costas, 50, 100 e 200 livre. Campeã mundial em Shangai-2011 e favorita ao ouro no 200 costas em Londres, ela tem tudo para ser uma das grandes estrelas da equipe americana. Natalie Coughlin também tentará a vaga em três provas: 50 e 100 livre, 200 medley, 100 borbo e 100 costas, onde inicia o caminho em busca do tricampeonato olímpico. Com 11 medalhas olímpicas, ela está a um pódio de igualar Jenny Thompson, a maior medalhista da natação americana. Vale notar que muitas nadadoras estão no 50 livre mas não se sabe se irão nadar: é a última prova da competição, e acaba ficando como um coringa.

Rebecca Soni tem hoje um dos maiores favoritismo nas provas que disputa, o 100 e 200 peito, com grande diferença para as demais atletas, não apenas nos EUA como a nível mundial. Se não vencer, será uma grande surpresa. Dara Torresnada para fazer história mais uma vez: aos 45 anos, ela seria a primeira nadadora a estar presente em seis edições olímpicas. Em Pequim, não apenas foi a primeira a estar em cinco Jogos como ainda ficou com a prata no 50 livre. Balizada com o sexto tempo da prova (25″16), as cinco nadadoras à sua frente tem menos de 27 anos. Outra que deve concentrar holofotes é Janet Evans, de 40 anos, que tem o recorde americano mais antigo dos EUA, desde 1989, no 800 livre. Parada desde 1996, ela voltou a se destacar em torneios Master e conseguiu o índice para os Trials. A participação é histórica, mas a classificação é improvável.

O que não faltam são histórias para prestar atenção. Brendan Hansen tenta se superar após dois anos parado e acabar com a marca de amarelão em Olimpíadas. Anthony Ervin, campeão olímpico no 50 livre em 2000, tenta voltar depois de vários anos afastados e junto com Nathan Adrian quer recolocar os EUA no mapa das provas de velocidade do estilo livre. As provas de costas e medley feminino devem ter disputas muito acirradas sendo difícil apontar favoritas. Katie Hoff, sensação em 2004 e que nunca levou um ouro olímpico, também luta contra as mais novas para se classificar no 200 e 400 livre e se redimir em Olimpíadas.

A cobertura completa do evento: http://esporteempauta.com.br/tag/trials-usa