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  • A espera de um novo Guga

    04/03/2012 por Guilherme Daolio em Home, Opinião, Tênis / Sem comentários

    Desde que Gustavo Kuerten aposentou as raquetes, o tênis brasileiro está em busca de um novo ídolo. O maior tenista nacional de todos os tempos levantou três taças de Grand Slam e acumulou 20 títulos de expressão na carreira, abreviada por seguidas lesões no quadril. Guga deixou, além de grandes conquistas, muita esperança para os fãs da bolinha amarela.

    Após os anos dourados do “manezinho da ilha”, o tênis nacional viu apenas mais três títulos de nível ATP serem conquistados por brasileiros, todos da categoria 250. Ricardo Mello, no piso duro de Delray Beach em 2004, e Thomaz Bellucci, nas quadras de saibro de Gstaad em 2009 e de Santiago no ano seguinte.

    Tiago Fernandes, vencedor do Australian Open juvenil

    O legado Guga poderia e deveria ter sido o salto para a construção de centros de treinamentos e para a popularização do esporte no país. Mas sabemos que a quantidade de projetos e quadras públicas para a formação de atletas por aqui é ínfima. Praticar tênis é um negócio caro, desde o material de treino até as viagens para competições. Se não houver investimento e acompanhamento, dificilmente haverá desenvolvimento dos nossos jovens talentos e será difícil encontrar um novo e iluminado Gustavo Kuerten dando sopa por aí.

    Temos, periodicamente, atletas que se destacam na categoria juvenil. O alagoano Tiago Fernandes, por exemplo, foi campeão do Australian Open em 2010. Já o cearense Thiago Monteiro é o atual número 2 do ranking mundial da ITF. Promessas nacionais não faltam, mas são poucos os que vingam logo após abandonar a categoria juvenil.

    O Brasil possui o quarto maior calendário de futures (torneios de nível mais baixo) do mundo e o maior de challengers (um nível antes de ATP 250) da América Latina. Indiscutivelmente, os melhores resultados dos brasileiros são em casa. Muito pelo alto número de participantes e também por poupar o desgaste e o dinheiro das longas viagens. Mas o degrau para torneios de primeiro escalão é muito maior.

    Em média, para se jogar ATPs 250 é necessário estar na faixa dos 100 melhores do mundo. Hoje temos apenas dois tenistas no seleto grupo, Thomaz Bellucci (49º) e João “Feijão” Souza (100º). Entre os 200, temos mais três: Rogério Dutra Silva (111º), Ricardo Mello (124º) e Júlio Silva (148º). E outros três fecham o grupo dos 300: Thiago Alves (239º), Guilherme Clezar (277º) e Caio Zampieri (282º).

    Beatriz Haddad Maia, aos 15 anos a maior esperança nacional

    Entre as mulheres a situação é ainda mais preocupante. Atualmente não temos nenhuma atleta na faixa das 200 melhores colocadas no ranking mundial. Desde 1993, com Andrea Vieira, uma tenista brasileira não participa de um Grand Slam. O calendário nacional também se reforçou com muito torneios de nível ITF, mas os poucos pontos distribuídos por eles não alavancam nossas esperanças. As apostas hoje estão em Beatriz Haddad Maia, que aos 15 anos já venceu um torneio profissional de menor expressão e ocupa a 677ª colocação. Roxane Vaisenberg lidera as brasileiras, na 244ª posição.

     

    Guilherme Daolioé Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.

    O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.

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