
Como foi difícil dormir ontem sendo obrigadas a sonhar com o bronze. Pensando como podia ser diferente, pensando no que os patrocinadores pensaram, no que a mãe está pensando, e tendo que tirar isso da cabeça e pensar no bronze. Hoje é o dia de dormir aliviada e feliz, porque uma medalha olímpica é algo gigante, embora muita gente não se dê conta disso. Mas inconscientemente, Juliana e Larissa já estão de novo sonhando com o ouro olímpico.
A França foi o principal nome da canoagem slalom em Londres, levando duas medalhas de ouro na competição, sua melhor participação das sete edições olímpicas com a modalidade, e desbancando a Eslováquia, uma das maiores forças da canoagem slalom. Os eslovacos saíram de Londres com dois bronzes
O francês Tony Estanguet e o eslovaco Michael Martikan dominam a canoagem slalom há anos, e as medalhas de ouro das últimas cinco Olimpíadas ficaram com um dos dois. A rivalidade começou com outro Estanguet, Patrice, irmão mais velho de Tony, bronze em Atlanta-1996, quando Martikan foi ouro com 16 anos. Desde então, Tony venceu em 2000 e 2004, Martikan foi ouro em 2008, e no desempate em Londres o francês levou a melhor
Confirmando o favoritismo sem dificuldades, o Brasil passou pela Argentina nas quartas de final, avançando para a semifinal das Olimpíadas. O time de Bernardinho foi muito superior durante toda a partida, e venceu por 3 sets a 0, parciais de 25/19, 25/17 e 25/20. A notícia ruim do dia foi a possível lesão de Leandro Vissotto, que sentiu dores na virilha direita e chorou muito no banco de reservas, depois de ser susbtituído.
A pugilista Adriana Araújo conquistou na manhã desta quarta-feira a medalha de bronze no boxe feminino. Ela perdeu a semifinal da categoria até 60kg para a russa vice campeã mundial Sofya Ochigava, por 17 a 11. Como não há disputa de terceiro lugar no boxe, Adriana fica com a medalha de bronze na primeira edição dos Jogos com disputa da modalidade no feminino
Maior potência do tiro com arco mundial, a Coreia do Sul chegou a Londres para confirmar o bom desempenho no último ciclo olímpico e acabar com um jejum incômodo. Mesmo sendo a maior medalhista da modalidade em Olimpíadas, faltava à Coreia o ouro individual masculino. Dessa vez, não. O ouro finalmente veio, com Oh Jin-hyek. No geral, o Brasil conquistou três dos quatro ouros – o outro ficou com a Itália, que venceu a disputa por equipes no masculino
O Brasil pode conquistar mais uma medalha na quarta-feira, com a disputa do bronze de Juliana e Larissa no vôlei de praia contra uma dupla bem forte. No boxe, podemos garantir mais uma medalha com Yamaguchi Falcão, que disputa as quartas de final com o campeão mundial. Para Adriana Araújo, dia que definirá se ela briga pelo ouro ou fica com o bronze, já garantido. Dia decisivo também para os esportes coletivos, com basquete e vôlei masculino disputando vaga na semifinal contra a Argentina
A esperada disputa entre Walsh e May e Juliana e Larissa nas Olimpíadas novamente não vai acontecer. Depois de uma Olimpíada sem a presença de Juliana, machucada, dessa vez as duas duplas chegaram fortes a Londres e, em chaves difrentes, foram passando pelas adverárias, mas hoje as brasileiras caíram diante de April Ross e Jennifer Kessy. Amanhã teremos uma final norte-americana em Londres, e as brasileiras pegam as chinesas Chen Xue e Xi Zhang na disputa do bronze
Depois de Fabiana Murer, agora foi a vez de Maurren Maggi parar nas eliminatórias. A campeã olímpica do salto em distância não conseguiu superar os 6,37m e ficou em 15º na classificação geral. Para avançar à final, a brasileira tinha que ficar entre as 12 primeiras ou saltar 6,70m. Em Pequim, quando levou o ouro, Maurren saltou para 7,04m. Seu melhor salto na temporada era 6,85m, que seria suficiente para avançar
Depois de salvar o match point, o Brasil salvou mais um, e outro, e outro, e outro, e outro. Seis match points revertidos, contando com atuação magistral de Sheilla, que virou cinco deles – o outro foi de Thaisa. Na primeira chance para definir, depois de Fernandinha abrir um ponto de vantagem, o Brasil não deixou barato, e fechou a partida. Agora, as comandadas por Zé Roberto Guimarães pegam o Japão valendo vaga na final. A partir de hoje, quando alguém falar sobre “aquele jogo contra a Rússia, lembra?”, nem todos vão lembrar de 2004