O segundo dia de finais da natação teve quatro campeões inéditos nas quatro provas disputadas. Dana Vollmer, Cameron van der Burgh, Camille Muffat e o revezamento francês jamais haviam subido ao lugar mais alto do pódio nas provas vencidas hoje – no caso de Muffat e van der Burgh, foi a primeira medalha olímpica de suas vidas. 
Com recordes mundiais de Vollmer no 100 borboleta e van der Burgh no 100 peito, somados à marca de Ye Shiwen ontem e Lochte ano passado, não restam dúvidas de que os tempos conquistados com trajes são atingíveis. As marcas vem caindo mais rápido do que se esperava, e é um ótimo sinal para a natação. Vollmer entra para a história como a primeira a nadar abaixo de 56″ no 100 borboleta, uma marca fortíssima.
Além do tempaço, van der Burgh dedicou sua vitória ao amigo e adversário Dale Oen, morto em maio deste ano. Campeão mundial da prova, Oen certamente estaria nesta final. Os pais de Oen assistiram a prova juntamente com a família de Cameron. Perguntado o que foi falado entre os dois, Cameron respondeu “Não há nada a ser dito. Apenas sentir o amor e celebrar a vida de um grande amigo que sentimos tanta falta”, de acordo com informações de Craig Lord, da Swimnews.
Força francesa
Em uma das finais com concorrentes medalhadas e aptas a levar o ouro, Camille Muffat confirmou seu bom momento este ano e bateu Rebecca Adlington e Federica Pellegrini para levar o ouro. A francesa até já nadou melhor do que o tempo do ouro este ano, mas Olimpíada é Olimpíada, e o que vale é a derrota. Esperava uma volta mais forte, que é sua característica, e tinha expectativa que ela baixasse dos 4’00, mas valeu o ouro – e mais tranquila, podemos esperar uma ótima performance no 200 livre. Muffat se disse aliviada e afirmou que sabia que era a melhor desse ano mas não esperava ganhar.
Mas o verdadeiro colírio dos olhos para a torcida francesa estava por vir. Em um revezamento em que a Austrália já era dada como campeã, o improvável aconteceu muitas vezes: Magnussen nadou mal, Roberts ficou aquém do esperado e a delegação americana, tão coerente, errou. Errou ao colocar Ryan Lochte no revezamento 4×100 livre, baseado em seu bom momento e ignorando que ele não tem um 100 livre tão forte – Phelps não tem o 100 livre como prova principal mas é muito forte nela, mas Lochte não é Phelps. E quem fez a diferença foi o estreante Yannick Agnel, que já estava se destacando ao longo deste ano mas era desconhecido do grande público. Fechando para 46″74, Agnel ultrapassou Lochte nos últimos 15 metros e agora é um dos principais nomes para o 100 livre.

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