
A disputa do 50 livre prometia ser uma das mais fortes da competição, a única contando com o melhor atleta da seleção americana que foi ao PAN, Gary HAll Jr, nada menos do que o campeão olímpico dos 50 livre na época. Mas o outro protagonista era o argentino José Meolans, campeão mundial da prova em piscina curta um ano antes, e que já havia levado o 100 livre no mesmo PAN. E lá estava Scherer
Da Bahia, Everton, que antes queria ser jogador de futebol e mudou de esporte aos 15 anos, se mudou para São Paulo com 16 anos para treinar. Foi peão e lavador de carros e hoje, com 22 anos, ganha R$ 3.100 por mês. O site da AIBA (International Boxing Association) ressaltava na capa o feito inédito do brasileiro com matéria intitulada ” Brazil makes history on Baku final day”.
Duas semi finais olímpicas, disputa de bronze, finais de PAN com disputa dentro e fora de quadra marcam a história do confronta entre as duas potências das Américas no vôlei feminino nos últimos 15 anos. A geração de Leila, Virna e Fofão fez muito pelo vôlei, chegou a vencer Cuba em Winnipeg, mas ficou faltando a final olímpica. A seleção atual chegou em Guadalajara no PAN com o ouro olímpico mas a derrota no PAN do Rio engasgada, e em um jogo disputado, devolveu e levou o título
É um prazer sem tamanho ver qualquer atleta conquistando seu sonho. Sabendo do passado de derrotas e da luta da Seleção Brasileira Masculina de Basquete, assistir à conquista da vaga para as olimpíadas é uma honra e o tipo de coisa que emociona de verdade.
Desde a participação em 1996, em Atlanta, o Brasil não faz parte das equipes que lutam pela consagração nas Olimpíadas. Na última ainda havia Oscar – acho fundamental que um esporte tenha ídolos, mas é importante também que eles sejam superados, não no sentido de serem esquecidos, mas que um esporte consiga andar para frente mesmo depois que um de seus heróis parou.
No 7 de setembro do ano passado, o Brasil jogou como há muito não se via e colocou pressão na Argentina. Doeu ver o choro de Marcelinho Huerta e a incredulidade dos jogadores nas entrevistas, que chegaram tão perto de derrotar o rival (não um mero rival regional, um rival que é um dos melhores do mundo). Chegaram perto, mas não conseguiram, e como isso dói.
Os últimos quatro dias foram a exaltação do que significa chegar lá. Vejo beleza na busca de um sonho, na preparação, jornada inteira, nas dores superadas e em tudo que envolve meramente estar numa disputa competindo de igual para igual. Mas como é bom, no final, conseguir também. A beleza e a crueldade do esporte está em saber que muitas vezes, a maioria, os dois lados estão dando o sangue e tendo o jogo de sua vida nas quadras, piscinas, nos ginásios. Há histórias bonitas e superação nas duas metades do campo. E hoje foi o dia da metade brasileira, sem suas maiores estrelas da NBA, com o genial técnico argentino, e um time focado daquele jeito que dá gosto de ver chegar lá.
Com basquete, sou igual aqueles que torcem meramente quando há uma disputa escancarada na TV. Igual às pessoas que torcem para o Cielo só nas Olimpíadas sem nem saber quem ele era até ai.
Então, hoje o meu brinde vai para todos os apaixonados por basquete, que como eu em Pequim vendo Cielo, Thiago, Kaio e Gabriella, choraram vendo ali a redenção dos brasileiros fazendo o esporte de suas vidas.
Vai para os comentaristas da Sportv, visivelmente abalados ano passado na derrota do Mundial, visivelmente emocionados hoje ao narrar o resultado para que tanto torciam (que coisa bonita ver profissionais se emocionando ao trabalhar).
Vai para a mãe e pai do Marcelinho, e de todos os outros pais que não estavam lá, e choraram vendo seus filhos alcançando a redenção.
Vai para meu irmão, chorando em casa em São Paulo ao assistir essa vitória (vale a pena ler seu texto sobre o jogo aqui )
E vai para os jogadores que, mais do que terem conquistado a vaga para o Brasil, fizeram hoje o jogo de suas vidas.


110 com barreiras, surpresa no 400 rasos masculino, Mo Farah e os etíopes fundistas, Bolt e o ouro histórico de Fabiana Murer
+ 100 livre: surpresa na prova feminina, com a nadadora júnior 2 Larissa Oliveira levando o ouro pela primeira vez em campeonatos absolutos nacionais. Larissa defende o Pinheiros mas treina no interior e levou com 56″35. Tatiana Lemos e Graciele Herman, também novata em pódios nessa competição, completaram as primeiras posições. Uma pena que um dos destaques da prova tenha sido fora da piscina, com o bloco de Daynara dando problema e a atleta caindo na piscina e inclusive machucando o pé. No masculino, os três primeiros lugares nadaram abaixo dos 50″: Cielo (49″06), João de Lucca (49″74, ele que está treinando com Marco Veiga no Flamendo desde maio e vem melhorando muito; após o Finkel o nadador volta aos EUA para nadar o NCAA) e Nicolas Oliveira (49″79).

+200 medley: dessa vez, entre Joanna e Mireya, a espanhola levou a melhor com a parcial de peito e crawl fazendo a diferença. Ela nadou para 2’15, Joanna ficou com a prata com 2’18 e Kimberly Vanderbergh garantiu o bronze com 2’20. No masculino, prova boa pro Corinthians com Thiago Pereira ganhando e Renato Barufi levando o bronze com 4 centésimos de diferença frente Lucas Salatta, que parece estar de volta depois dessa boa competição. Entre os dois, Diogo Yabe ficou com a prata.
+ 50 peito: dessa vez deu para as atletas do Pinheiros, com Ana Carla, Tatiane Sakemi e Beatriz Travalon nas três
primeiras posições. No masculino, apesar da boa fase de João Junior, deu o campeão mundial Felipe França, ganhando com 27″49. João e Felipe Lima completaram o pódio.
+ 50 borboleta: mesmo sem estar na melhor forma, a campeã mundial da prova Inge Dekker levou a melhor, ganhando com 26″56, seguida de Daynara da Paula (27″01) e Daniele Paoli (27″13). No masculino, ouro também para o campeão mundial César Cielo, único a nadar abaixo dos 24″ para 23″90, seguido de Glauber Silva e Nicholas Santos.
+ 800 livre masculino: outra prova fraca, com a vitória de Juan Pereyra nadando para 8’05 – o argentino segurou 30″ e 31″ a prova inteira e no final fechou com 29″/28″1. Claro que a última parcial tem que ser forte, mas dava para ter forçado antes.. Kanieski e Marcos Ferrari completaram o pódio.
+ 1500 livre feminino: dobradinha do Corinthians com a argentina Cecilia Biagioli em primeiro (16″46, novo recorde do campeonato) e Poliana Okimoto em segundo (17″00, ela que está cansada depois de uma maratona de competições fortes, com Mundial, Evento Teste das Olimpíadas e agora o Maria Lenk). Ana Marcela, que se recupera de dores no ombro e perdeu muitos treinos desde o Mundial, ficou em terceiro com 17″11.
+ 100 costas: estava na expectativa pelo índice de Fabíola mas não foi dessa vez. A nadadora fez 1’04 nas eliminórias e semi,e na final nadou para 1’01″33, ficando a 50 centésimos da marca. Natalia Mendes Diniz, do Pinheiros, e Fernanda Alvarenga, do Minas, completaram o pódio. No masculino, Guido, o melhor do Brasil no estilo, nadou mal e ficou fora do pódio. Quem levou foi um dos poucos que conseguiu boas marcas na competição, Gabriel Mangabeira (55″48), uma das minhas apostas de nome que devem alcançar o índice no PAN. Fernando Ernesto, do Corinthians, ficou em segundo com 55″75 e Leo Guedes ficou em terceiro.
+ Revezamentos: no masculino, o Flamengo levou a melhor no 4×100 livre (três atletas entre os quatro primeiros tempos da prova individual, Cielo, João de Lucca e Nicholas) e 4×100 medley (trocando de Lucca por Henrique no peito e Leo de Deus no costas). No feminino, o medley foi para o Minas, com Fabíola abrindo e Kimberly fechando forte fazendo a diferença. O Pinheiros foi segundo e o Flamengo terceiro. No livre, mesmas equipes no pódio mas em posições trocados na ponta: Pinheiros em primeiro desde a primeira parcial e Minas em segundo, e Flamengo se garantindo em terceiro.
+ Clubes: o Minas confirmou o favoritismo e venceu em casa após 13 anos. Pinheiros, campeão nas últimas oito edições, começou bem atrás nas primeiras etapas mas as provas de 50 e os revezamentos femininos fizeram a diferença e a equipe garantiu a segunda colocação. Na disputa entre Flamengo e Corinthians, a equipe de Cielo levou a melhor, muito ajudada pela transferência de Joanna Maranhão no meio da temporada (permitida porque contou como transferência da atleta militar de Minas Gerais para o Rio de Janeiro).
+ Os estrangeiros contratados pelos clubes para ajudar na pontuação não são mais nome certo para vencer as provas. Na final
do 2oo borboleta feminino, Joanna Maranhão venceu as duas estrangeiras na prova levando o ouro com 2’12″46, em bela disputa com a americana Kimberly Vanderberg (2’12″75). A espanhola Mireia Belmonte (2’16″38) completou o pódio.
+ No masculino, com Kaio Marcio e Leo de Deus pesados na entresafra do Mundial e PAN, os tempos não chegaram nem perto das melhores marcas. Kaio, do Fluminense, foi melhor e nadou para 1’58″75, único abaixo dos 2 minutos, seguido de Lucas Salatta do Minas e Leo, que defende o Flamengo.
+ João Gomes Junior, até o momento o principal nome masculino da competição, classificou para a final com o melhor tempo, 27″46, e amanhã deve disputar o ouro com o companheiro de clube e campeão mundial da prova, Felipe França. No feminino, Ana Carla Carvalho nada amanhã na 4 e também deve brigar com as pinheirenses Tatiane Sakemi e Beatriz Travalon pela primeira posição.
+ Fabíola levou mais uma prova, vencendo com folga o 50 costas com 28″34, seguida de Etiene Medeiros, do Nikita, e Natalia Diniz, do Pinheiros. A expectativa fica pelas eliminatórias disputadas agora a tarde, onde Fabíola nada o 100 costas em busca do índice olímpico, com chances reais de atingi-lo novamente.
+ Em um dos únicos revezamentos relativamente fracos do Pinheiros no feminino, o 4×200 viu a vitória do Minas, que tinha as três primeiras colocadas na prova. O Flamengo, com duas das quatro nadadoras que levaram esse revezamento brasileiro à final olímpica de 2004, Joanna Maranhão e Monique Ferreira (as únicas que continuam nadando), levou a prata, e o Corinthians fechou em terceiro. No masculino, Thiago Pereira fez a diferença para a equipe corinthiana e ajudou a somar 70 pontos para o clube com a vitória com 7’27″66, seguido de Flamengo e Minas.
+Apesar de não colocar nenhum revezamento no pódio na etapa, o Pinheiros conseguiu passar o Corinthians, contando com o bom desempenho nas provas individuais (no 50 costas, os três primeiros eram atletas do clube). Já o Flamengo encostou mais na terceira colocação, prometendo uma briga boa até a última prova.
Na primeira etapa com disputa de revezamentos e com três vitórias individuais, o Pinheiros arrancou nessa etapa e já aparece na terceira colocação, ameaçando a segunda posição do Corinthians. A briga pelo segundo e terceiro lugar promete esquentar nas próximas etapas.
Nos 100 metros borboleta, Fabíola desbancou as especialistas no estilo e levou o ouro nesta que não é sua principal prova,
marcando 1’00″40. Daynara e Daniele Paoli completaram o pódio. No masculino, Gabriel Mangabeira venceu pela raia 4 fazendo 53″21.O atleta, que foi 6o lugar nas Olimpíadas de Atenas e desde então não conseguiu nenhum resultado tão expressivo, parece novamente focado e disse em entrevista que espera fazer o índice no Pan de Guadalajara. Thiago Pereira (junto com Fabíola se mostrando o mais versátil da competição, e nadando várias provas para somar pontos para o Corinthians) e Henrique Martins levaram a prata e o bronze.
No 100 peito, Tatiane Sakemi, agora treinando com Antonio Henrique Barbosa em Brasília, levou o ouro piorando um pouco o tempo da eliminatória, agora para 1’12″17. Renata Sander, que vem se firmando como novo nome forte das provas de peito, ficou em segundo. Na disputa pinheirense pelo bronze, Beatriz Travalon levou a melhor contra Ana Carla Carvalho, ganhando por 1 centésimo. No masculino, João Gomes Junior confirmou a boa competição e após nadar abaixo do índice olímpico nas eleminatórias, agora foi a vez de conseguir o primeiro ouro na prova em competições absolutas, nadando para 1’01″40. Felipe Lima, que detém, também por 1 centésimo de diferença, a segunda vaga olímpica da prova até o momento, ficou com a prata e Henrique Barbosa levou o bronze.
Depois de bater um bom 4’14 ontem, Joanna Maranhão venceu mais uma prova longa, que se configuram como boa opção para a nadadora, agora do Flamengo, e que já declarou que não quer mais nadar os 400 medley. Na final, com o tempo seco, Joanna piorou um pouco e nadou para 4’17″35, seguida da Poliana Okimoto (4’20″58) e Virginia Bardach (4’21″76). No masculino, Juan Pereyra também repetiu a dose dos 1500 e levou o 400 com 3’56″79, seguido de Lucas Kanieski, também segundo na prova mais longa, e o venezuelano da equipe corinthiana, Daniel Tirabassi, completou o pódio.
Nos revezamentos 4×50 livre, com quatro das oito finalistas do 50 livre defendendo a equipe do Pinheiros, não tinha como ser diferente, e o clube levou o ouro e 70 pontos para casa com Flavia Delaroli, Carolina Bergamaschi, Flavia Lacerda e Michelle Lenhardt. O Minas ficou em segundo e o Grêmio Náutico sustentou o terceiro lugar mesmo com Joanna chegando perto pelo Flamengo nos últimos metros. No masculino, com os dois primeiros na prova individual nadando pelo Flamengo, a equipe levou com folga o ouro, 1 segundo e sete décimos na frente do Minas, que ganhou a prata em bela disputa com o Pinheiros, vencida com diferença de sete centésimos.
Hoje não consegui assistir às provas pela televisão mas dei uma olhada nos resultados da CBDA. No geral, mais um dia com tempos um pouco fracos, bom para novos nomes que aproveitam para subir ao pódio, e atletas da elite brasileira mas que não foram ao Mundial se destacando (Nicholas e João Junior são os maiores exemplos). Tivemos três finais na etapa (50 livre, 200 livre e 400 medley) e duas semifinais (100 borboleta e 100 peito).
No 50 livre, Flávia piorou o tempo das semi mas se manteve como principal velocista do Brasil. Em segundo, Alessandra
Marchioro, dez anos mais nova que Flávia, nadou bem para 25″72. Na frente das duas, Inge Dekker não fez nada de espetacular, nadando para 25″36, mas atendendo ao motivo porque foi trazida pelo Minas: levar os 35 pontos para o clube. Na prova masculina, apesar das justificativas de Cielo para uma possível derrota antes da prova, deu o óbvio e ele levou com 21″97. Nicholas nadou bem e venceu Fratus, fazendo a dobradinha do Flamengo no pódio, mas ainda não chegou ao tempo do índice.
No 400 medley, boa disputa entre as duas estrangeira. Entre a argentina medalhista olímpica em 2004, Georgina Bardach (Unisanta) e a espanhola campeã mundial de curta, Mireya Belmonte (Flamengo), a segunda levou a melhor mesmo virando dois segundos atrás nos 300 metros, fechando para 1’05 contra 1’08 da argentina. Entre as brasileiras, Julia Gerotto levou a melhor com 5’01, seguida da fundista do corinthians Maria Caroline Ferreira e Larissa Cieslak.Entre os homens, Thiago Pereira administrou a prova e ficou com o ouro com 4’24″, com Renato Barufi garatindo a dobradinha corinthiana ao marcar 4’25″5. Diogo Yabe fechou o pódio com 4’27.
O 200 livre feminino valeu mais pela disputa do que pelo tempo em si. Desde a aposentadoria de Mariana Brochado e da má fase de Monique Ferreira, que antes lutavam por índices para as competições de ponta – foi nessa prova a primeira final do Brasil em revezamentos femininos em Olimpíadas, em 2004 – ,a prova vem mostrando resultados fracos, e acho difícil que alguma nadadora consiga nadar para baixo de 1’58″20 e carimbar o passaporte para Londres. De qualquer forma, Jéssica Cavalheiro merece os méritos e nadou muito bem, cravando 2’02″62 e vencendo a americana Kimberly Vanderbergh por 8 centésimos. Manuella Lyrio completou o pódio do Minas com 2’02″90.
No masculino, prova marcada por mais falhas, com placar errando mais uma vez – dessa vez pior, pois ao invés de não dar os tempos colocou Fernando Ernesto como campeão, que chegou a comemorar e dar entrevista, quando na verdade terminou em quinto. Quem venceu foi outro mas os 35 pontos foram mesmo para o Corinthians – o venezuelano Daniel Tirabassi levou o ouro com 1’50″61 após boa disputa com Rodrigo Castro, que aos 33 anos continua sendo um dos principais nomes da prova no Brasil, desbancando as novas promessas. Completando o pódio, nem Minas, nem Corinthians, nem Flamengo, nem Pinheiros: o bronze foi para o Curitibano, com Eduardo Duarte.
Sem Gabriella Silva, a disputa no 100 borboleta amanhã promete ser boa com Daynara de Paula (já com índice olímpico para a prova, aliás a única mulher até o momento), Daniele Paoli e Daiene Marçal. Fabíola, provando a versatilidade, também está na final com tempo classificatório na casa de 1’01″. No masculino, Mangabeira está com o primeiro tempo mas ainda 7 décimos distante do índice olímpico, quem sabe sai amanhã.
O início das competições em Belo Horizonte teve tempos no geral fracos, falhas na organização e algumas surpresas.
No 200 peito, surpresa com a ausência das nadadoras do Pinheiros Carolina Mussi e Ana Carla Carvalho, que ficaram nas eliminatórias. Mussi é recordista sulamericana da prova, com tempo marcado quando fez o índice para Roma usando traje tecnológico – desde então, a paulista ainda não conseguiu chegar perto da marca. Na final, vitória para Michele Schimidt, do Corinthians, que já havia vencido a prova no Maria Lenk do ano passado e ficado em terceiro neste ano.

No masculino, a disputa foi bonita entre dois atletas do Flamengo, mas os tempos foram fracos para uma prova com grandes chances de dois atletas representarem o Brasil nas Olimpíadas. Henrique Barbosa, recém chegado ao PRO-16, levou a melhor sobre Thiago Parravicini, prata da casa do clube e um dos últimos a sair do Flamengo na má fase, época em que defendeu o Minas. De volta, ele que sempre ganhou tudo nos brasileiros de categoria, está no melhor da forma. Ambos fizeram 2’15, e por 10 centésimos Felipe Lima levou o bronze sobre Tales Cerdeira, impedindo o pódio flamenguista.
Pelas semi-finais do 50 livre, uma falha no placar eletrônico atrasou os resultados da primeira série. Gostei do tempo da Flávia (25″42). Não acredito que saia índice amanha, para o qual a pinheirense precisaria a abaixar 22 centésimos, mas fazia tempo que ela não nadava tão bem. Para a final, seis atletas estão balizadas abaixo dos 26″, entre elas Carolina Bergamaschi, do Pinheiros, única representante mulher do Brasil no Mundial Júnior. Promete ser uma bela disputa, com um toque a mais pela presença da holandesa campeã mundial do 50 borboleta Inge Dekker. No masculino, o pódio deve contar com Cielo, Fratus e Nicholas, resta saber as posições – Cielo vem insistindo em dizer que essa competição é só treino, nadando de sunga, e dizendo que Nicholas é favorito – meu palpite é que Cielo ganha amanhã, e pessoalmente, não gosto que insista tanto em dizer que esta competição é só treino – quem acompanha natação sabe disso, e para quem não acompanha, soa como desculpa e pode até acabar interpretado como desmerecimento dos adversários.
No 200 costas, Fabíola levou o ouro com o melhor tempo da carreira. A atleta abandonou faz tempo a prova de 200, com foco voltado para os 100 e o 50, mas nadou pela pontuação para o Minas, clube que defende desde o início do ano. Fernanda Alvarenga, que treina com ela em Brasília e defende o mesmo clube, ficou com a prata. Dificilmente veremos índice olímpico nessa prova até o ano que vem (0 2’10 é mais forte do que o recorde sulamericano de Alvarenga, feito ainda com os trajes tecnológicos). No masculino, ninguém entendeu muito o que aconteceu. Os nadadores entraram na área da piscina e seis foram retirados para que trocassem seus trajes, que segundo a arbitragem não seriam credenciados. A confusão tomou conta, alguns voltaram de sunga, e depois Ricardo de Moura, supervisor técnico da CBDA, permitiu que eles saíssem e colocassem os trajes. Ainda não se sabe ao certo o que houve, mas fontes presentes na competição disseram que os árbitros erraram (mesma impressão de Thiago Pereira, que reclamou da arbitragem ao sair da prova). O atleta levou o ouro com 2’00”15, seguido de Fernando Esrnesto que completou a dobradinha corinthiana.
As provas de fundo também não tiveram marcas expressivas. Joanna Maranhão passou na frente no 800 livre e foi ultrapassada por Cecilia Biagioli, mas as duas tiveram um segundo parcial fraco, fechando em 8’47″1 e 8’49″5. Poliana Okimoto forçou no final e chegou perto de Joanna mas terminou na terceira colocação, com 8’50, seguida de Ana Marcela, as duas especialistas em provas de maratonas aquáticas. Ao final da prova, Joanna postou no seu twitter que o 800 foi aquém do que gostaria, mas que o tempo seco da cidade dificultava as provas de fundo. No 1500, sem Arapiraca, contundido no ombro, Juan Pereyra levou a melhor com 15’25. Em segundo, Lucas Kanieski, que liderou a prova até os 750 metros, quando Pereyra disparou (dobrou os parciais) e Kanieski caiu de rendimento, fechando com 15’36.
Na disputa de clubes, ninguém disparou ainda: Minas terminou a etapa na frente com 347 pontos, e o Corinthians está na segunda posição com 311. Até o momento, Flamendo está em terceiro com 192 e Pinheiros está apenas em quinto, com Unisanta entre as duas.