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    • Cielo pelos olhos da imprensa

      27/12/2011 por Beatriz Nantes / Sem comentários

      Na ausência de notícias quentes, as retrospectivas e entrevistas fazendo um panorama do ano dominam o noticiário esportivo. A quantidade de conteúdo com César Cielo deixa claro que há tempos ele deixou de ser um ídolo da natação e é hoje um dos maiores nomes do esporte olímpico brasileiro, status conquistado após um ouro e um bronze na sua primeira Olimpíada, dois ouros no Mundial e os recordes mundiais em suas principais provas.

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    • Mais uma vez olímpica, Joanna Maranhão

      16/12/2011 por Beatriz Nantes / Sem comentários

      Joanna Maranhão está longe de ser um consenso na natação brasileira fora d’água. Não gostaria de entrar nesse mérito mas para mim isso é parte de minha admiração por ela: como poucos na natação, tem atitude. E dentro d’água, é muito raçuda.

      Impossível não pensar que de 2004 para hoje houve um tempo enorme em que ela melhorou pouco. Em termos de tempo, estagnou mesmo: isso é um fato concreto, fez 4’40 em Atenas com 17 anos e hoje, 7 anos depois, nadou para 4’40″79, conquistando o índice para Londres. Muitos poderiam dizer: não fez mais que a obrigação, e pelo ciclo natural, fazer 4’40 não deveria ser motivo de comemoração.

      Só que a vida, quem é atleta sabe – quem vive de verdade deveria saber – nem sempre segue o “ciclo natural”. É maravilhoso quem se mantém sempre melhorando, e por isso são os ídolos desse esporte atletas como Michael Phelps, Lochte, Pellegrini. Mas não consigo deixar de ver a beleza de quem cai e consegue voltar. Talvez se manter competindo depois de atingir o ápice, cair e ter dificuldade para voltar seja igualmente se manter no auge, ao menos do ponto de vista mental. Isso não é trivial: não é fácil se ver piorando. Não é fácil continuar acordando, arrumando a mala do treino, indo para a piscina, musculando, sentindo dor, sentindo cansaço, todo os dias, dando a cara a tapa nas competições, virando mais um ano desejando melhorar, piorando de novo, ficando na mesma de novo.

      Mas é por isso que ela é atleta.

      Arrisco dizer que esse 4’40″79 de hoje vale mais que o de 7 aos atrás.

      Joanna Maranhão, mais uma vez olímpica.

      Joanna depois de conseguir o índice em 2008

      Joanna em Atenas, 2004

      Joanna depois de fazer 4’40 em Pequim, depois de quatro anos sem repetir o tempo

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    • Joanna, Henrique Martins e Flávia Delaroli na briga

      16/12/2011 por Beatriz Nantes / Sem comentários

      Para mim, os destaques dessa segunda etapa do Open foram Joanna Maranhão nos 800 livre, se provando como a melhor fundista de piscina do Brasil hoje, e o 100 borboleta de Henrique Martins, nadador de 20 anos que compete pelo Pinheiros e ficou a 30 centésimos da marca necessária.

      Joanna nadou para 8’37 – não me lembro de ter vê-la fazendo melhor do que isso sem trajes – e ficou a 5 segundos do índice olímpico. Ainda é muito, mas a prova foi bem nadada, com Joanna nadando negativo, passando 4’19″24 e voltando 4’17″9. A partir dos 400, ela passou a nadar as parciais de 100 para 1’05″0 ou 1’04″9, e fechou 1’03″0, mantendo uma regularidade que mostra que está em grande forma. Agora é hora de focar em quais serão suas provas para tentar o índice, creio que tenha chances no 200 e 400 medley, 400 e 800 livre e 200 borboleta.

      Os 30 centésimos que separam Henrique Martins do índice de 100 borboleta também não são pouca coisa, mas o colocam na briga pela vaga, que promete ser difícil se os três principais concorrentes nadarem bem ano que vem – ele, Kaio Márcio (que já tem o índice com 52″11) e Mangabeira (finalista olímpico na prova em 2004).

      Também merece destaque o 50 livre feminino, com Flavia Delaroli vencendo a prova. Há seis meses isso seria natural, mas um dia antes Graciele Hermann havia alcançado o índice na prova, marcando 25″12, e se colocando como a melhor velocista brasileira hoje. Flávia, que em 2004 foi finalista no 50 livre em Atenas e por anos uma de nossas melhores atletas, hoje fez um grande resultado nadando para 25″42. Ficaria muito feliz se o bom momento de Graciele motivasse a nadadora, que tem uma carreira notável, e ela conseguisse nadar sua última Olimpíada em 2012 – ela já anunciou que quer parar ano que vem. Também achei interessante ter seis meninas nadando abaixo de 26″, sendo quatro delas com no máximo 19 anos.

       

       

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    • Graciele consegue o índice

      15/12/2011 por Beatriz Nantes / Sem comentários

      Graciele participou no PAN de sua primeira seleção absoluta e ficou a 3 centésimos do índice na ocasião, quando conquistou a medalha de prata. Agora, com o índice, tem 2012 para focar exclusivamente nos Jogos. Mais informações sobre a nadadora você encontra aqui: https://londres365dias.wordpress.com/2011/10/24/quem-e-graciele-hermann/.

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    • Destaques do Open

      15/12/2011 por Beatriz Nantes / Sem comentários

      OPEN fecha o ano da natação com Joanna e Graciele se juntando a Daynara no time olímpico feminino; Henrique Barbosa faz sétimo tempo do mundo no 200 peito, Nicolas acirra a disputa pelo 100 livre e João Junior a do 100 peito

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    • Especial: Thorpe de volta – parte II

      05/11/2011 por Beatriz Nantes / Sem comentários

      É muito difícil tirar qualquer conclusão da primeira competição de Thorpe após o anúncio de que está de volta às piscinas. A escolha de duas provas que estão longe de ser sua especialidade já foi estratégica para isso. O que dá para dizer: Thorpe está em forma, seu crawl no medley estava estranho (braçada curta, muito diferente do estilo que assombrou o mundo no início da década passada). Pouco além disso.

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    • Homem ou mulher, tem que treinar

      28/10/2011 por Beatriz Nantes / Sem comentários

      A imprensa tem comentado exaustivamente a mudança de status na ginástica artística, com a seleção masculina, que tem em Diego Hypólito o nome mais conhecido e premiado, conseguindo resultados melhores do que a seleção feminina. Antes do PAN, no Mundial de Tóquio, os meninos subiram ao pódio duas vezes, com Diego (bronze, solo) e Arthur Zanetti (prata, argolas) já garantiram vaga em Londres; já a equipe feminina não consegiu a classificação e precisará disputar o pré-olímpico para tentar se garantir em 2012.No PAN, a disparidade ficou escancarada.

      Nos resultados, foram três ouros para os homens, incluindo título inédito na competição por equipes, e as mulheres fora do pódio nessa disputa pela primeira vez desde Mar del Plata (1995). Mais do que isso, declarações pouco sutis evidenciam um certo raxa dentro da equipe feminina, com Daiane se colocando a favor da volta da seleção permanente e Daniele, ao contrário, se posicionando totalmente contra e exaltando sua melhora na nova fase em comparação com 2008.

      Polêmicas a parte,vale a pena ressaltar alguns pontos dessa seleção masculina que vem de fato evoluindo muito.

      +Técnico

      Marcos Goto e Renato Araújo são os técnicos da seleção masculina e parecem muito importantes para a vitória. Marcos Goto em especial me chamou a atenção quando vi os vídeos de Arthur Zanetti no Mundial de Londres em 2009 e 2011. Em 2009, com apenas 19 anos, ele chegou à final das argolas e ficou em quarto lugar; este ano, pulou para o segundo lugar e se credencia como um potencial à medalha no ano que vem. Nas duas vezes, Marcos comemora muito após a exibição do atleta.

      Mais interessante ainda, em uma entrevista de 2009, quando treinava a seleção juvenil, Goto deu a seguinte declaração após um bom resultado:  – Eles foram bem? Que ótimo! Então merecem mais treino. Quanto mais eles treinarem, mais rápido vão conseguir os resultados. 

      O técnico é a alma de uma equipe. É a referência para o atleta e geralmente a primeira pessoa com quem ele quer comemorar após uma vitória. Um técnico que exalta a importância do treino ganha o respeito de sua equipe e um técnico que não descansa e deixa claro os objetivos é essencial para a evolução da equipe nos últimos anos.

      Vídeo da prova que deu a prata a Arthur:

      +União

      Parece clichê mas me chamou a atenção, na procura por informações sobre os atletas, a exaltação da união entre eles, que tanto vem sendo colocada como fator crucial para o bom desempenho, presente já em vídeos e declarações antes da disputa do Mundial e do PAN. Em todas as apresentações dos atletas, os dois técnicos e o restante da equipe estavam na área ao lado torcendo e vibrando muito, como pode ser visto nesta matéria que foi ao ar no Jornal Nacional. Notem como todos estão envolvidos pela apresentação dos companheiros.

      Também representativo e para mim um dos vídeos mais emocionantes que vi sobre o PAN foi a reação dos atletas quando descobriram que levaram o ouro por equipes.

      http://esportes.terra.com.br/rumo-a-2012/videos/0%2C%2C386940.html

      + Treino, treino, treino

      Este é o ponto chave. Diego deu uma declaração muito sensata sobre o mal estar no time feminino: “Até pra colocar um ponto final nessa história das meninas: o que elas têm que fazer é treinar os aparelhos”.

      Assim como o técnico, Diego exaltou a importância dos treinos. Ele em particular sabe bem o que é isso. Depois da falha em 2008, caindo na apresentação do solo que o deixou atônito e muito abalado, Diego passou por problemas de lesão que o deixaram fora do Mundial ano passado e teve que operar o tornozelo, tendo um tempo menor de preparação.

      Para terminar, reproduzo uma citação do blog Gym Blog Brasil, tocado por três amantes da ginástica que entendem do assunto e acompanham o desempenho dos atletas há tempos. Escrevendo sobre a prova de Arthur no Mundial reproduzida no vídeo acima, o blog chegou à seguinte conclusão:

      “Mais uma vez o coração na mão… Zanetti teve a série mais limpa da competição. Argolas sem balanço, posições muito bem marcadas, cristos “zerados”…Deu orgulho de ver. A emoção tomou conta de mim, e por um momento eu pensei que essa apresentação era muito mais do que um feito inédito. Essa apresentação traduzia toda a evolução da ginástica masculina do nosso país. Traduzia o resultado de um esforço, de uma dedicação, de uma garra e uma vontade de estar ali, de fazer parte dos melhores, de conseguir disputar os Jogos Olímpicos. Essa medalha foi além do “nunca conquistada”. Ela vai ser lembrada em janeiro, quando a seleção masculina conquistará (eu acredito!) a vaga para a equipe completa em Londres 2012.”

      
      			

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    • O 4×200 livre feminino brasileiro

      19/10/2011 por Beatriz Nantes / Sem comentários

      O que se viu no PAN foi a melhor atuação das brasileiras neste revezamento desde Atenas-2004, quando conquistaram a segunda final olímpica de revezamento na história da natação feminina do país, terminando em sétimo. Na ocasião, tinhamos Joanna Maranhão, Mariana Brochado, Monique Ferreira e Paulo Baracho, um revezamento consistente com quatro nadadoras nadando entre 2’01-2’02.

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    • Quanto vale o PAN?

      18/10/2011 por Beatriz Nantes / 1 Comentário

      O PAN se chama PAN porque é o PAN, e não Olimpíadas, e não Mundial. Nenhum atleta é ingênuo o bastante para achar que um pódio no PAN equivale a uma medalha olímpica. Mas você sabe sabe o que significa participar de uma Seleção Brasileira? Não vejo porque não valorizar os ouros de Thiago, Hoyama e tantos outros, só porque eles não tem medalhas olímpicas. Poucas vezes vivi um clima tão contagiante como o que tomou conta do Rio-2007 e tive o privilégio de assistir

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    • Cielo e Joanna

      17/10/2011 por Beatriz Nantes / Sem comentários

      Cielo: Impossível não reafirmar a cada competição como Cielo é um monstro nadando. Ignorou os problemas de altitude, a competição sem adversários tão fortes e nadou muito para 47″84, sua melhor marca pessoal sem trajes e segundo melhor tempo do ano, atrás apenas de Magnussen, campeão mundial em Shangai, que nadou abaixo disso duas vezes na temporada. Muitos apostavam em Cielo mais “leve” no PAN do que no Mundial, quando soube de sua absolvição poucos dias antes da estreia, e pronto a fazer tempos melhores, tese afirmada por ele mesmo após ganhar a prova, em entrevista à Record. Confesso que também acreditava mas tinha perdido um pouco a confiança vendo os tempos fracos saindo no PAN. Fazer um tempo bom em altitude é mesmo admirável – não somente pela dificuldade realmente imposta, como pela atitude de não se deixar abalar por isso.

      Para ganhar de Magnussen, falta melhorar a volta. Em Shangai quando nadou para 47″49 abrindo o revezamento, o australiano passou 23″10 e voltou 24″39; Cielo passou trés decimos mais forte, com 22″84, mas voltou seis décimos acima (25″00). Vai ser assim em Londres: velocista por excelência, Cielo passa mais forte sempre e Magnussen tem um perfil que poderiamos chamar de mais associado com nadadores de 100/200 livre (houve especulações sobre sua participação nessa prova, mas ele e seu técnico negaram), de voltar muito forte, com menor gap nas parciais. Promete ser uma disputa bonita.

      Joanna: tenho uma sincera admiração por Joanna Maranhão, que vi pela primeira vez em 2001, em Uberlândia, quando eu nadava meu primeiro brasileiro e ela já era cotada como promessa brasileira. A prata nos 400 medley no primeiro dia e o choro no pódio tem um significado muito maior do que esse resultado pensado individualmente. Mesmo o tempo em si não é tão forte – Joanna fizera os mesmos 4’46 em Santo Domingo, no PAN de 2003, há oito anos, e de lá para cá já nadou muito menos que isso. Tudo aconteceu de forma rápida para Joanna: surgiu para o absoluto em 2003, conseguiu medalha no PAN, e um ano depois estava em Atenas fazendo o melhor resultado da natação feminina brasileira em Olimpíadas, conquistando um quinto lugar com fortísimos 4’40. O prognóstico a sua frente era promissor, mas por uma série de motivos ela jamais chegou perto desses resultados. Mesmo o 4’40 ela só repetiu uma vez, em Pequim, mas não baixou os centésimos cravados feitos na Grécia.

      Este ano, Joanna disse que nunca mais nadaria 400 medley. Mas de lá para cá mudou muita coisa também: Vanzella foi mandado embora do Minas em circunstâncias que até hoje ninguém sabe explicar, Joanna também saiu do clube e foi treinar com Roseana Carneiro, única técnica mulher até hoje a integrar uma Seleção Olímpica, quando treinava Kaio Márcio. Joanna é polêmica, briga, e tem muitos desafetos – não sei afirmar se isso a ajudou ou se foi um dos motivos para os contratempos em sua carreira, é mais fácil dizer que sua personalidade é assim. Não sei se Joanna conseguirá nadar abaixo dos 4’40 e se chegará às Olimpíadas, mas torço que sim. Confesso que me emocionei com seu choro no pódio – há poucas coisas tão difíceis como voltar. Espero que “volte” mais ainda, e que caia o 4’40″00 em Londres.

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