
Em uma semana repleta de torneios pelo mundo, Novak Djokovic e Rafael Nadal foram os destaques nos ATPs 500 de Dubai e Acapulco, respectivamente. O título de Ernest Gulbis em Delray Beach também não pode ser esquecido. Entre as mulheres, a primeira edição do WTA de Florianópolis teve ótimos aspectos e só tende a crescer no próximo ano.
Espetacular. Talvez essa seja a melhor palavra para definir o momento que Teliana Pereira está vivendo. A pernambucana de 24 anos, que tanto sofreu com lesões e operações nos últimos anos, engrenou, venceu uma tenista top 40 e vem quebrando tabus no tão precário tênis feminino brasileiro.
O vice-campeonato do ATP 250 de Viña del Mar pode parecer pouco para quem tem no currículo sete taças em Roland Garros e é considerado o melhor tenista de todos os tempos sobre o saibro. Mas para Rafael Nadal, a semana beirou a perfeição.
A temporada 2012 foi repleta de emoções, novidades e aposentadorias. Há tempos quatro tenistas diferentes não levantavam os troféus dos quatro Grand Slams em um mesmo ano. As olimpíadas de Londres, disputadas na grama sagrada de Wimbledon, também deram um toque de requinte à temporada. E o adeus de monstros como Andy Roddick e Juan Carlos Ferrero também marcaram.
Neste momento de valorização do Esporte, práticas ultrapassadas não deveriam existir. Para sermos potência esportiva só investimento não basta, uma boa gerência também é necessária. Os prefeitos/as e suas assessorias devem ter em mente que para cuidar do Esporte de sua cidade tem que haver alguém competente e sensível com a formação e continuidade esportiva.
2000, piscina do Corinthians, Troféu Brasil. Eu tinha 12 anos e essa é minha primeira lembrança de assistir um campeonato brasileiro absoluto pela TV, embalada pela Olimpíada de Sidney. No domingo, Flávia fez o índice do Mundial no 50 livre. Me lembro até hoje da narração, assim que ela bateu a mão na parede. “… e consegue o índice…”. Emocionada, ela olhou para a arquibancada e levantou o braço. Ela tinha 16 anos também.
Neste domingo tive a felicidade de acompanhar o último jogo da excursão de Roger Federer pelo Brasil. Graças a generosidade de um grande amigo e a liberação do plantão de um grande chefe, pude estar no Ginásio do Ibirapuera para ver de perto o maior tenista de todos os tempos. E a sensação não poderia ter sido melhor. Um daqueles esportistas de outro mundo ali, a poucos metros. Não seria fácil saber lá na frente que eu tinha perdido essa oportunidade
Os fãs de tênis esperavam ver Bellucci fechar o ano com um título e se garantir entre os cabeças de chave no Australian Open. Com um ranking muito superior que os outros jogadores, o brasileiro entrou com total favoritismo, mas perdeu na estreia para o bom argentino Guido Pella, que mais tarde viria a levantar a taça e entrar pela primeira vez no top 100.
Nelson se vai mas deixa um legado e exemplos. Mostra que o bom atleta também pode ser um bom professor. Mostra que o grande atleta através do estudo pode enobrecer ainda mais. Mostra que precisamos dar a devida atenção para uma prova onde já conseguimos, mesmo com restrições, produzir espetaculares atletas.
Para os líderes do ranking mundial a temporada já acabou. A decisão da Copa Davis entre Espanha e república Tcheca foi o golpe final de uma temporada recheada de emoções e surpresas. Mas para aqueles que se encontram um pouco mais atrás, pontos fundamentais estarão em jogo a partir desta quarta-feira em São Paulo.