
Bruno Soares realmente vive uma grande temporada. Após começar o ano com o americano Eric Butorac e faturar o caneco no Brasil Open, o tenista mineiro alternou parceiros até se juntar com o austríaco Alexander Peya. No primeiro torneio juntos alcançaram a decisão em Bastad, no segundo foram até as quartas do US Open e agora triunfaram em Kuala Lumpur. Nada mal para uma dupla formada há tão pouco tempo.
Pós Olimpíada é sempre assim: ressaca entre os grandes nadadores, incertezas sobre quem para e quem continua – e sobre quem para e depois de um tempo volta. Parece que os australianos estão insatisfeitos com a história de seus treinadores trabalharem moldando campeões para outros países. De acordo com o China Daily, Dennis Cotterell teria sido proibido, pela Federação Austrliana, de treinar estrangeiros
Todos sabem que são poucos os brasileiros na elite do tênis mundial. Thomaz Bellucci é o nosso único jogador na faixa dos 100 melhores do mundo e nos últimos anos apenas ele colecionou boas campanhas nos torneios de primeira linha. Thiago Alves, João “Feijão” Souza, Rogério Dutra Silva e Ricardo Mello, viveram nas últimas temporadas uma gangorra interminável. Em momentos estão prestes a deixar o top 200, aí encaixam três semanas boas e voltam ao top 100. Jogam muitos challengers e poucos ATPs
Mesmo com a falha nos Jogos, Fabiana Murer continua figurando entre as melhores atletas do mundo em sua prova, como atesta a segunda colocação na Diamond League deste ano. Não quero tirar a importância dos Jogos, na minha opinião um campeão olímpico merece todos os louros da conquista, ele é único. Mas uma coisa não exclui a outra.
Dessa vez o Andy britânico sentou no banquinho como campeão. Tão dolorido que mal conseguia comemorar. Talvez a dor e a êxtase de hoje o tenham impedido de sequer pensar direito no que falar, mas o discurso que verdadeiramente mostra o tamanho desse título foi aquele da final de Wimbledon, quando Andy começou dizendo “Estou chegando mais perto”, e disse que não conseguia nem olhar para seu time naquela hora. Voltamos alguns dias e Roddick está na mesma quadra, em sua derradeira partida, sabendo dizer somente que amou cada minuto de tudo aquilo
Não demorará para outros “Pistorius” alcançarem índices para Mundiais e Jogos. Quando este número aumentar, estas entidades terão um problema na mão, pois não poderão mais negar os estudos que comprovam que com próteses os bi-amputados têm vantagem em relação aos outros atletas que não são – principalmente na prova dos 400m, onde a segunda metade da prova dói menos para quem usa as pernas biônicas
Notem a atual situação. Temos uma vergonhosa detecção de talentos aliada à falta de incentivo na permanência da modalidade. Para “ajudar”, temos um número escasso de profissionais que são pouco valorizados, não só na questão financeira pessoal, mas também na de sua equipe e local de trabalho, na reciclagem e no incentivo ao estudo permanente. Com isso percebemos que estamos muito longe de ser um país competitivo no atletismo.
Um título de Grand Slam. Três taças de Masters 1000. Seis troféus em oito decisões na temporada. Treze torneios disputados e doze semifinais alcançadas. Cinquenta e seis vitórias em sessenta e três partidas. Esse é o ano de 2012 de Roger Federer, aquele mesmo que muitos quiseram aposentar no segundo semestre do ano passado. Dos 1.056 jogos disputados na carreira, tem 863 vitórias. Aproveitamento impressionante de 81,7%
O resultado ruim do Brasil começou bem antes das Olimpíadas, e não vou nem entrar no mérito de investimentos, criação etc… Vamos começar simplesmente pela equipe, com vários enfrentando problemas com seus cavalos, o que prejudicou o resultado. Muitos dos leigos não entendem que o cavalo não é um carro, que quando quebra, não se troca um peça e que muitas vezes a culpa não é de ninguém
Dos 12 jogadores que estiveram em Londres, oito têm menos de trinta anos e plenas condições de estar nos Jogos do Rio. Além deles, vários outros estão surgindo. Contamos com um técnico gabaritado, um armador acima da média e ótimos pivôs para os próximos anos, mas ainda estamos carentes de um franchise player (aquele cara que vai botar a bola debaixo do braço no fim do jogo e resolver a partida)